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Padre Egídio vai para a cadeia suspeito de desviar R$ 140 milhões, mas acaba confessando algo inacreditável; ‘uma verdadeira vergonha’
O caso envolvendo o padre Egídio de Carvalho Neto tem suscitado uma considerável polêmica em João Pessoa, capital da Paraíba, onde o líder religioso foi preso sob sérias acusações de desvio de dinheiro das instituições que ele administrava, notadamente o Hospital do Padre Zé.
Em suma, a detenção de Padre Egídio ocorreu na última sexta-feira (17), e as cifras dos desvios de recursos públicos impressionam, totalizando aproximadamente R$ 140 milhões. Investigações revelaram que o religioso possuía nada menos que 29 imóveis distribuídos em três estados brasileiros: Paraíba, São Paulo e Pernambuco. Em João Pessoa, uma cobertura de valor estimado em R$ 2,4 milhões está diretamente envolvida no suposto esquema de desvio.
Escândalo Financeiro: As Revelações Chocantes do Caso Padre Egídio em João Pessoa
Em suma, no decorrer da operação policial, foram descobertos itens de luxo em posse do religioso, incluindo garrafas de vinho com valores superiores a R$ 2 mil cada, objetos de arte, roupas de grife e elementos de decoração. Um dado surpreendente é que, somente no ano anterior, estima-se que Padre Egídio tenha destinado cerca de R$ 110 mil para a aquisição de bebidas alcoólicas.
Posteriormente o programa Fantástico, da TV Globo, divulgou imagens de um dos endereços luxuosos associados ao padre. Em uma das propriedades, nove cães avaliados em R$ 15 cada destacavam-se como símbolos de extravagância. A polícia revelou que o religioso gastava aproximadamente R$ 100 mil por mês para manter seu estilo de vida opulento.
Segundo o promotor Dennys Carneiro, Padre Egídio tratava as contas do Instituto de São José e da Ação Social Diocesano como se fossem suas. O religioso exercia a função de diretor dessas instituições desde 2012 e teria começado a liderar um esquema de desvio de dinheiro em 2013.
No desdobramento da investigação, Jannyne Dantas, diretora administrativa do hospital, e Amanda Duarte, supervisora da tesouraria do Instituto, também detidas. Ambas negam veementemente qualquer envolvimento em práticas ilícitas.
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