Na manhã de segunda-feira (29), a Polícia Civil do estado de São Paulo anunciou a abertura de uma investigação sobre um possível crime de homofobia que resultou na morte de Luiz Fellipe Darulis, um garoto de 12 anos. O trágico evento ocorreu na cidade de Monte Mor, localizada no interior paulista. O padrasto do menino, identificado como Cirilo Abel Barreto, é o principal suspeito e foi preso em flagrante após admitir ter agredido Luiz Fellipe com um pedaço de madeira, causando-lhe ferimentos graves.

O garoto de 12 anos foi castigado até perder a vida por seu padrasto, detalhes expostos geram revolta

Portanto, o delegado Fernando Bueno, responsável pelas investigações, relatou que o suspeito confessou ter atingido a criança duas vezes na perna durante um interrogatório.

A Secretaria de Segurança do município informou que, além das agressões, o padrasto obrigou Luiz Fellipe a realizar agachamentos ininterruptos, o que pode ter contribuído para o agravamento de seu estado.

A possibilidade de homofobia como motivação para o crime está sendo considerada, visto que o adolescente sofria represálias por gostar de brincar com bonecas.

Este caso chocante levanta questões importantes sobre a legislação vigente no Brasil em relação aos castigos físicos aplicados a crianças e adolescentes.

A advogada Larissa Rodrigues, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB Campinas, destaca que o Código Penal pode enquadrar qualquer forma de castigo físico como lesão corporal ou tortura.

Além disso, existem leis complementares como a Lei Henry Borel e a Lei Menino Bernardo, que abordam especificamente a questão dos maus-tratos contra menores1.

Contudo, a comunidade de Monte Mor e os colegas de escola de Luiz Fellipe expressaram profunda tristeza e indignação com o ocorrido.

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Descreviam Luiz Fellipe como um garoto de 12 anos, alegre e querido por todos, e sua morte prematura provocou grande comoção entre familiares e amigos.

“Vamos chamar outras testemunhas ligadas ao vínculo familiar deles, da família da criança, para saber como seria essa relação criança e padrasto, e tudo que está em torno disso. Tudo vai ser investigado, inclusive essa possibilidade de envolver homofobia”, ressaltou Fernando Bueno.

Todavia, na noite de sábado (27), ocorreu o crime. Levaram a criança ao hospital já sem vida, e detiveram o suspeito de 46 anos em flagrante. Após a audiência de custódia, converteram a prisão dele em preventiva.

Nesta segunda-feira (29), Luiz Fellipe foi sepultado sob forte comoção no Cemitério Municipal, com a presença de familiares e amigos. Segundo relatos de um professor o jovem costumava se divertir com bonecas.

Antônio Gonçalves, professor de Luiz, afirmou, desolado, que o adolescente sempre se comportava com educação e respeito, e nunca elevava a voz em sala de aula.

Entretanto, o professor ressaltou que Luiz Felipe apaixonava-se pela vida, brincava com bonecas e vivia do seu próprio jeito.

Conforme relatado pelo professor, Luiz Fellipe já expressara preocupação com as punições impostas pelo padrasto que ao que tudo indica era violento.

Ao retornar para casa, a mãe encontrou seu filho Luiz Felipe ferido por uma agressão e buscou ajuda em uma unidade hospitalar, conforme informações da Polícia Civil. Infelizmente, o adolescente já chegou ao local sem vida.

Contudo, os médicos, ao identificarem sinais de agressão em Luiz Fellipe Darulis, comunicaram imediatamente à Guarda Civil Municipal. O padrasto do menino, acusado de agredi-lo, foi detido em flagrante pela polícia.

Veja o Vídeo: 

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