Feito com carinho
Revoltante Mãe diz que PM não socorreu menina baleada porque não queria sujar a farda
Pois é, na terça-feira, uma menina de 5 anos de idade identificada como Ana Clama Machado foi atingida por dois tiros de fuzil.
A mãe da vítima, Cristiane Gomes, alegou que o policial relutou muito para não prestar socorro e disse:
Ela morreu no meu colo, dentro de uma viatura da polícia. Quando chegou ao hospital, seu coração não batia mais. Isso porque o policial ficou pensando se ia pegá-la ou não. Ana Clara caída, baleada no chão e eu gritando “pega minha filha, salva minha filha”, enquanto ele não sabia o que fazer. Até que teve uma hora que o PM a pegou e saiu com ela pendurada para não encostar na farda. Era para não sujar o uniforme de sangue.
Vou voltar para casa sem a minha filha e, alguma hora, esse policial vai para a dele. Encontrará os filhos e, depois, verá os netos. Eu perdi esse direito — disse, revoltada, Cristiane Gomes, enquanto segurava uma boneca de Ana Clara. — Estava com ela (na hora em que foi baleada), é o sangue da Ana Clara (no brinquedo). Minha filha tinha acabado de acordar. Acordou, foi até a porta, viu a luz do dia e tomou um tiro. Agora, voltou a dormir, mas eternamente.
Revoltante Mãe diz que PM não socorreu menina baleada porque não queria sujar a farda
O enterro da menina aconteceu na quarta-feira e amigos e parentes exibiram faixas com dizeres “Nossas crianças não são bandidos” e “Quando uma mãe chora, todas choramos”.
A Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e Niterói está apurando a morte da vítima.
Já o cabo foi preso para prestar depoimento e conforme informações ele acabou caindo em contradição quando falou sobre a incursão à comunidade do Monan Pequeno, em Pendotiba, local onde a menina residia.
O nome do acusado não foi divulgado, assim como também outros detalhes da investigação.