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Tristeza e dor: Ad0lescente de 14 an0s M0rre após colocar silicone nos sei…Ver mais
O pai, Carlos Arellano, denunciou publicamente que não foi informado sobre a cirurgia e que a mãe teria mentido dizendo que a filha estava com Covid-19 e seria levada para a serra para se recuperar. Dias depois, ele foi informado que Paloma estava internada em estado grave. A adolescente sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi colocada em coma induzido e morreu oficialmente no dia 20 de setembro.
Durante o velório, Carlos percebeu que a filha usava um sutiã cirúrgico e, ao examinar o corpo com familiares, confirmou a presença de implantes e cicatrizes. Ele então exigiu uma autópsia e denunciou o caso às autoridades, alegando tentativa de encobrimento por parte da mãe, do médico e da clínica.
Investigação e repercussão nacional
A promotoria de Durango abriu uma investigação formal. A mãe da adolescente poderá responder por omissão de cuidados e falsidade, enquanto o médico é investigado por homicídio culposo. A Associação Mexicana de Cirurgia Plástica já solicitou a suspensão provisória do cirurgião envolvido.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum Pardo, manifestou solidariedade à família e declarou que está disposta a oferecer apoio direto aos parentes da vítima. O caso gerou indignação nas redes sociais e entre entidades de direitos humanos, que pedem mudanças na legislação para impedir cirurgias estéticas em menores sem autorização de ambos os responsáveis.
Debate sobre ética médica e pressão estética
A tragédia de Paloma Nicole levanta questões profundas sobre a pressão estética enfrentada por adolescentes e os limites éticos da medicina estética. Especialistas alertam para os riscos físicos e psicológicos de procedimentos invasivos em corpos ainda em desenvolvimento, além da vulnerabilidade emocional de jovens diante de padrões de beleza impostos pela sociedade.
Atualmente, a legislação mexicana não proíbe cirurgias estéticas em menores de idade e não exige o consentimento de ambos os pais, o que tem sido criticado por juristas e médicos após o caso. A expectativa é que o episódio leve a uma revisão das normas e maior fiscalização sobre clínicas e profissionais que atuam com pacientes adolescentes.
Justiça e memória
Carlos Arellano, pai da jovem, segue em busca de justiça. “Quero que a verdade seja conhecida e que todos os responsáveis sejam responsabilizados”, declarou em entrevista ao jornal El Heraldo de México. A morte de Paloma Nicole se tornou símbolo de um problema estrutural que vai além da negligência médica — envolve cultura, legislação e responsabilidade familiar.
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