Feito com carinho
Lut0: Arlindo Cruz Acaba de M0rrer Aos 66 Anos Após Qued…Ver mais
Sua carreira ganhou projeção nacional nos anos 1980, quando entrou para o grupo Fundo de Quintal, substituindo Jorge Aragão. Durante os 12 anos em que permaneceu na banda, gravou sucessos como “Só Pra Contrariar”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”. Após sair do grupo em 1993, Arlindo investiu na carreira solo e consolidou seu nome como um dos maiores compositores do país.
Mais de 550 músicas gravadas e parcerias memoráveis
Arlindo Cruz escreveu mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas, incluindo Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Alcione e Maria Rita. Canções como “Meu Lugar”, “O Show Tem Que Continuar” e “Ainda É Tempo Pra Ser Feliz” se tornaram hinos do samba moderno. Suas letras exaltavam o amor, a fé, a cultura afro-brasileira e as raízes do povo brasileiro.
Além da música, Arlindo foi presença marcante no carnaval carioca. Compôs sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Grande Rio e Vila Isabel, conquistando prêmios e reconhecimento por sua contribuição artística. Em 2023, foi homenageado como enredo da Império Serrano, sua escola de coração.
Uma luta silenciosa e digna
Desde o AVC em 2017, Arlindo Cruz passou por diversas internações e enfrentou uma rotina de cuidados intensivos. Traqueostomizado e alimentado por sonda, ele viveu longe dos palcos, mas nunca foi esquecido pelos fãs e pela comunidade do samba. Recentemente, estava internado no CTI do Hospital Barra D’Or, tratando uma pneumonia.
Legado eterno
Arlindo Cruz deixa esposa, filhos e uma legião de admiradores. Seu legado transcende gerações e permanece vivo nas rodas de samba, nos palcos e nas vozes de quem canta suas composições. Mais do que um artista, Arlindo foi um símbolo da resistência cultural, da musicalidade brasileira e da alma do samba.
Sua partida representa uma perda irreparável, mas sua obra continuará a inspirar e emocionar. O show, como ele mesmo dizia, tem que continuar.
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