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As denúncias de exploraçã0 sexu@l infantil na Ilha de Marajó, no Pará, estão provocando uma comoção no país. Ver mais
A Situação Atual na Ilha de Marajó
A Ilha de Marajó, conhecida por sua rica biodiversidade e cultura vibrante, está enfrentando um problema sombrio. No entanto, as denúncias de exploração sexual infantil na ilha têm aumentado, causando grande preocupação entre os cidadãos e autoridades.
Alguns estudos revelam que o Pará registra uma média de cinco casos de abuso e exploração sexual infanto-juvenil por dia.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estado possui uma taxa de 3.648 casos, acima da média nacional de 2.449 em crimes dessa natureza.
Autoridades e organizações não-governamentais que atuam na área, no entanto, alertaram para que a população marajoara não normaliza a violência contra crianças e que também tem havido disseminação de informações jamais comprovadas, como as denúncias de tráfico de órgãos.
Em uma nota recente, o Ministério Público do Pará reconheceu que todos os municípios paraenses enfrentam o problema da violência sexual.
No entanto, ele é mais proeminente no Arquipélago do Marajó devido à prevalência de outras violações de direitos e aos baixos índices de desenvolvimento humano (IDH).
A Concentração de Casos de Violência Sexual no Arquipélago
Contudo, em 2010, após o tema da exploração sexual infantil ser tema de comissões locais, o senado se debruçou sobre dezenas de denúncias e relatos de que o arquipélago concentrava diversos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes.
Durante a CPI, os parlamentares também mencionaram o caso do ex-deputado Luiz Afonso Sefer, condenado, anos mais tarde, a 20 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. Ele foi acusado de adotar uma criança aos 9 anos, prometendo trabalho, mas iniciou os abusos dias após a chegada da menina.
A comissão ressaltou a exploração sexual em embarcações, especialmente balsas e navios de carga para Manaus, identificada como “rota da exploração sexual”. Esta rota abrange principalmente os municípios de Portel, Muaná, Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista e Gurupá.
O bispo Dom José Luis Azcona, um defensor de longa data contra a exploração infantil na ilha, teve um papel crucial na CPI. Em 2015, ele destacou novamente o problema, relatando que crianças, com o consentimento da família, se ofereceram para os ocupantes de balsas.
No ano de 2023, após receber um pedido para deixar a região da representação diplomática do Vaticano, houve protestos locais e a liderança religiosa se manteve na região.
Em 2020, durante um culto em Goiânia, a então ministra Damares Alves afirmou que estava buscando soluções para as denúncias de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na Ilha de Marajó. Ela alegou ter evidências desses crimes.
Depois que a acusada recebeu um pedido de informações do MPF, ela afirmou que as denúncias se baseavam em relatos, não em provas. O MPF acusou a disseminação de fake news, exigiu um pedido público de desculpas e solicitou uma indenização de R$ 5 milhões por danos sociais e morais à população do arquipélago.
A exploração sexual infantil na Ilha de Marajó é, contudo, um problema grave que precisamos enfrentar. É essencial que todos – cidadãos, autoridades e organizações – trabalhem juntos para proteger as crianças e acabar com esse crime na região.
Em suma, essas denúncias provocam uma comoção nacional, um passo importante para atrair a atenção necessária para essa questão. Elas garantem que se tomem medidas eficazes para proteger as crianças da Ilha de Marajó.
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