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Bolsonar0 Revela a Verdade Por Trás do Tarifaç0 de Trump e Admite: “Fui eu Q…Ver Mais
Esse movimento é interpretado como mais um exemplo dos “recuos estratégicos” que marcaram o mandato de Bolsonaro. Quando a pressão popular se intensifica, especialmente nas redes sociais, o ex-presidente costuma suavizar o tom — sem, contudo, abandonar suas pautas ideológicas.
A estratégia bolsonarista: chantagem política e anistia
A base bolsonarista rapidamente transformou o tarifaço em uma ferramenta de pressão. Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo publicaram uma carta pública pedindo ao Congresso Nacional que aprove uma “anistia ampla, geral e irrestrita” como forma de reverter as sanções americanas. O senador Flávio Bolsonaro reforçou a narrativa, afirmando que o Brasil “não está em condições normais” para negociar com Trump e que “quem for contra a anistia, é contra o Brasil”.
A tentativa de vincular interesses pessoais — como a situação jurídica de Jair Bolsonaro — a medidas de política externa foi mal recebida por grande parte da opinião pública e por lideranças políticas. O ministro Rui Costa, da Casa Civil, chegou a comparar a postura da família Bolsonaro à de “sequestradores” que impõem condições para libertar reféns.
Resistência no Congresso e reação do governo
Apesar da pressão bolsonarista, líderes do Congresso resistem à ideia de votar a anistia como resposta ao tarifaço. Parlamentares do centrão e da esquerda consideram que aprovar o projeto nesse contexto seria uma rendição à ingerência estrangeira. O presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reforçaram que as negociações com os EUA devem ser conduzidas pelo Executivo e pela diplomacia.
O governo Lula, por sua vez, criou um comitê interministerial para avaliar os impactos da tarifa e buscar alternativas de negociação. O presidente também afirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e que responderá à medida com base na Lei da Reciprocidade Econômica.
Quando a retórica encontra o bolso
O episódio escancara as dificuldades da extrema direita em manter uma narrativa coesa diante de eventos que afetam diretamente a economia. A tentativa de transformar uma crise comercial em uma oportunidade política não encontrou respaldo popular — especialmente entre os setores produtivos que serão diretamente prejudicados.
Mais do que uma “mudança de tom”, o recuo de Bolsonaro revela os limites da retórica ideológica quando confrontada com a realidade econômica. E, neste caso, o bolso do brasileiro falou mais alto.
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