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‘Querem minha m0rte’ Bolsonaro deixa o Brasil em ch0que ao dizer q… Veja mais
Diante da possibilidade concreta de prisão, Bolsonaro disse acreditar que sua vida está em risco. “Se me colocarem numa cela, é fácil para eles me apagar. Não há segurança nem garantia de vida. Tudo isso tem nome: perseguição política”, afirmou.
Críticas Diretas a Alexandre de Moraes
Durante a entrevista, Bolsonaro foi enfático ao declarar que a atuação de Moraes no Supremo ultrapassa os limites institucionais. “Comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa. Não há provas contra mim, não há crime, mas as investigações seguem como se já houvesse uma sentença”, criticou.
A fala reforça a tensão entre o ex-presidente e o ministro, que já determinou medidas duras contra aliados de Bolsonaro e vem conduzindo com rigor os inquéritos relacionados aos ataques às instituições democráticas.
Comparações com Sérgio Moro e o Caso Lula
Bolsonaro também traçou um paralelo entre Moraes e o ex-juiz Sérgio Moro, que foi peça central na condenação do presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato, antes das decisões serem anuladas pelo STF.
“Assim como Moro foi além da toga no caso do Lula, Moraes está indo além comigo. Mas comigo parece ser mais intenso, mais pessoal. Eu não devo nada, não fiz nada ilegal. Estou sendo punido por existir”, declarou.
Negativa de Envolvimento nos Atos de 8 de Janeiro
Sobre os atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, Bolsonaro voltou a negar qualquer envolvimento.
Na época, o ex-presidente estava nos Estados Unidos, e disse que não incentivou nem teve qualquer participação nos atos violentos.
“Eu não estava no Brasil, e nunca convoquei ninguém para aquilo. Ali foi um erro de parte da população, mas querem jogar a culpa em mim porque sou um símbolo”, afirmou.
Investigações em Andamento
Além da acusação de tentativa de golpe, Jair Bolsonaro também é investigado por suposto uso indevido da máquina pública para disseminação de fake news e campanhas de desinformação contra o sistema eleitoral. As apurações envolvem a Polícia Federal, a PGR e o STF, e têm avançado com base em quebras de sigilos, delações premiadas e apreensões realizadas nos últimos meses.
O ex-presidente e seus advogados têm adotado a estratégia de se posicionar publicamente como vítimas de um sistema judicial politizado, que estaria agindo para minar sua imagem e impedir uma eventual candidatura em 2026.
Clima Político Em Ebulição
As falas de Bolsonaro inflamam ainda mais o cenário político nacional, marcado por polarização extrema e crescente judicialização.
Parlamentares aliados reagiram em apoio ao ex-presidente, classificando a situação como “estado de exceção disfarçado”. Por outro lado, líderes do governo e defensores da democracia afirmam que a Justiça apenas está cumprindo seu papel de investigar e punir possíveis atentados à ordem institucional.
Próximos Capítulos
Os desdobramentos das investigações devem ganhar ritmo nas próximas semanas. A defesa de Bolsonaro já articula medidas para evitar uma possível prisão preventiva e busca apoio político no Congresso e nas ruas. O STF, por sua vez, mantém o sigilo parcial de parte dos inquéritos, enquanto aguarda o posicionamento definitivo da PGR sobre as acusações formais.
Se condenado pelos crimes investigados, o ex-presidente pode enfrentar penas que incluem inabilitação política e longos anos de reclusão.
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