Feito com carinho
Entre corredores silenciosos e cafés frios nas salas de espera do Supremo Tribunal Federal, uma pergunta paira no ar como fumaça: havia um plano para impedir a posse de Lula em 2023? A resposta ainda não veio, mas a última sexta-feira (30) trouxe mais uma peça para esse quebra-cabeça político — e talvez, a mais enigmática até agora.
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e um dos nomes mais próximos de Jair Bolsonaro, prestou depoimento ao STF como testemunha no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio era — e ainda é — visto como um dos principais pilares do bolsonarismo. Mas o que ele disse (e o que deixou de dizer) pode mudar os rumos da narrativa.
Segundo ele, após a derrota nas urnas, Bolsonaro estava triste, abatido, “resignado”, como descreveu. Nada de planos mirabolantes, nenhuma menção a rupturas institucionais. Só silêncio. Um silêncio quase ensurdecedor, considerando o contexto em que isso aconteceu — dias em que as redes ferviam com especulações e mensagens cifradas sobre “intervenções”, “FAs” e “minutas”.
Mas será que o silêncio não é, por si só, uma declaração?
É aqui que a história começa a ganhar tons de roteiro político. O depoimento de Tarcísio foi acompanhado por outras testemunhas de defesa, como o senador Ciro Nogueira, que também negou qualquer tentativa de golpe. Todos os depoentes da sexta-feira foram arrolados pelos advogados de Bolsonaro — e todos contaram a mesma versão: o ex-presidente não tentou barrar a posse de Lula.
Veja também:Urgente!!! Otaviano Costa acaba de informar que… Ver mais
Comentários estão fechados.