Feito com carinho
A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, em Nova York, no último domingo (20), comoveu o Brasil e gerou uma onda de homenagens. No entanto, o processo de repatriação do corpo da artista tem enfrentado entraves burocráticos, mantendo-o ainda nos Estados Unidos. A cantora estava no país para realizar um tratamento experimental contra o câncer de intestino, doença que enfrentava desde 2023.
Repatriação internacional: um processo complexo e delicado
A transferência de corpos entre países exige uma série de procedimentos legais e sanitários. No caso de Preta Gil, a família precisou acionar o consulado brasileiro em Nova York para emitir o atestado de óbito internacional e iniciar o processo de liberação do corpo.
Além disso, é necessário contratar uma funerária especializada em translado internacional, realizar o embalsamamento do corpo, providenciar o caixão adequado para transporte aéreo e reunir documentos como passaporte, certidão de óbito, laudo médico e autorização consular.

Custos elevados e apoio institucional
Embora a família Gil não enfrente dificuldades financeiras, os custos para repatriar um corpo dos Estados Unidos podem ultrapassar R$ 100 mil, segundo especialistas. O valor inclui taxas consulares, serviços funerários, transporte aéreo e documentação.
Em casos excepcionais, o governo brasileiro pode auxiliar no pagamento do translado, como previsto em decreto assinado pelo presidente Lula em junho de 2025. No entanto, esse apoio depende de análise do Ministério das Relações Exteriores e geralmente é concedido em situações de vulnerabilidade social ou comoção nacional.

Comentários estão fechados.