Câncer de próstata: quando fazer os exames preventivos? Ver mais…

A prevenção do câncer de próstata é importante.

By Kédina Liberato On 19 nov, 2023

O câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente no público masculino brasileiro, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A cada hora, oito homens no país recebem o diagnóstico da doença, e dois deles morrerão por causa dela.

Todavia, em números absolutos, o câncer de próstata provoca 71,7 mil casos e 16,3 mil mortes ao ano no Brasil. A doença é mais comum em homens acima dos 50 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade.

Quando o assunto é a prevenção dessa enfermidade, existem duas estratégias principais.

A primeira delas foca em controlar os fatores de risco que predispõem o surgimento do tumor:

Não fumar.
Manter o peso adequado ao longo da vida por meio de uma dieta adequada e da prática regular de exercícios físicos.
Limitar o consumo de carne vermelha e processada.
Comer mais frutas, verduras e legumes.
Consumir alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados.

A segunda envolve a detecção precoce do câncer nessa glândula do sistema reprodutivo, responsável pela produção do líquido que compõe o sêmen junto com os espermatozoides. Os exames mais comuns para a detecção precoce do câncer de próstata são:

Toque retal: o médico introduz um dedo lubrificado no reto para avaliar a próstata. Esse exame pode detectar alterações na próstata, como nódulos ou endurecimento.
PSA: o PSA é uma proteína produzida pela próstata. O aumento do nível de PSA no sangue pode ser um sinal de câncer de próstata, mas também pode ser causado por outros fatores, como infecções urinárias ou prostatite.

Rastreamento do câncer de próstata: da recomendação universal ao debate sobre os riscos e benefícios

Portanto, durante muitos anos, as campanhas de rastreamento do câncer de próstata recomendavam que todos os homens com mais de 45 ou 50 anos fizessem exames PSA e toque retal regularmente.

O PSA, sigla em inglês para antígeno específico da próstata, é uma enzima medida no sangue. Se ela passa de um certo limite estabelecido pelos especialistas, pode indicar algo de errado na glândula masculina.

Já o toque retal é um exame, em que o profissional da saúde insere o dedo no ânus do paciente para tocar a próstata (ela fica próxima do reto) e checar se há alguma formação estranha ali.

Nos últimos anos, no Brasil e no mundo, as pessoas passaram a questionar, debater e relativizar mais a orientação de realizar esses testes.

No entanto, estudos recentes mostraram que o rastreamento do câncer de próstata pode levar ao diagnóstico de cânceres que não causam sintomas e provavelmente não levariam à morte.

A cirurgia e a radioterapia, tratamentos frequentemente usados para esses cânceres, podem causar efeitos colaterais significativos, como disfunção erétil e incontinência urinária.

O rastreamento da doença pode aumentar as chances de cura.

Contudo, a recomendação é que esses homens sejam orientados a procurar um médico para avaliação individualizada, a fim de discutir os riscos e benefícios do rastreamento.

Todavia, essa recomendação é baseada na ideia de que o diagnóstico precoce do câncer de próstata pode aumentar as chances de cura, mesmo para os cânceres de crescimento lento.

Portanto, os benefícios do rastreamento incluem a possibilidade de detectar o câncer de próstata em estágio inicial, quando é mais fácil de tratar e tem maior chance de cura.

Os sintomas do câncer de próstata podem incluir: