Cantor sertanejo é assassinad0 a tiros; os suspeitos teriam se passado por…Ver mais

Ramirez acumulava mais de 240 músicas inéditas e era conhecido por compor com base em experiências pessoais. Entre suas faixas lançadas estão “Boca Errada” e “Novo Engano”, esta última divulgada em outubro de 2024.

Prisão domiciliar e vida discreta

Apesar da relevância artística, a vida de Yuri Ramirez também foi marcada por envolvimento com o crime. Ele possuía passagens por estupro, tráfico de drogas e armas, além de ter sido preso em 2018 por uso de documento falso. Segundo a Polícia Civil de Goiás, Ramirez era considerado o principal traficante da Região Noroeste de Goiânia e integrava uma facção criminosa. A residência onde vivia chegou a ser investigada como ponto de venda de entorpecentes.

Após cumprir pena, Ramirez foi liberado para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Para atender às exigências judiciais, passou a morar com uma mulher que o acolheu no imóvel onde foi assassinado. Desde então, levava uma vida discreta, afastado dos palcos e fora das redes sociais.

Execução brutal e investigação em curso

O crime ocorreu por volta das 6h30 da manhã. Dois homens armados invadiram a casa, se identificando como policiais. Após abordarem a moradora, seguiram até o quarto onde Ramirez estava e efetuaram os disparos. A vítima caiu de bruços e morreu no local. A perícia encontrou 12 cápsulas de pistola espalhadas pela cena do crime.

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul instaurou inquérito para investigar o caso como homicídio qualificado. Até o momento, os autores não foram identificados e a motivação do crime permanece sob apuração.

Repercussão e reflexões

A morte de Yuri Ramirez gerou comoção entre fãs, músicos e moradores da região. Embora sua trajetória tenha sido marcada por altos e baixos, muitos reconhecem seu talento e contribuição para a música sertaneja. O episódio também levanta questões sobre a reintegração de ex-detentos à sociedade, os riscos enfrentados por figuras públicas com histórico criminal e a vulnerabilidade de bairros periféricos diante da violência.

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