Feito com carinho
Sua atuação profissional foi marcada por escuta atenta, sensibilidade e compromisso com o bem-estar emocional de seus pacientes. Mas foi no papel de mãe que Susanne deixou marcas ainda mais profundas — especialmente na vida de Pedro Bial, cuja sensibilidade e eloquência são frequentemente atribuídas à influência materna.
Uma mãe presente, uma mulher inspiradora
Em 2023, Susanne emocionou o público ao fazer uma rara aparição no programa Encontro, da TV Globo, para homenagear o filho. Com voz serena e palavras carregadas de ternura, ela declarou: “Pedro, meu querido, você sabe que eu sempre tenho muito prazer de ser sua mãe”. A frase, simples e poderosa, ganhou novo significado após sua partida, tornando-se um símbolo da relação afetuosa entre mãe e filho.
Pedro Bial, por sua vez, sempre fez questão de exaltar a importância da mãe em sua formação pessoal e profissional. Em entrevistas e homenagens públicas, ele destacou a força, a lucidez e a generosidade de Susanne, descrevendo-a como uma mulher que soube viver com intensidade e propósito.
“Oma”: o legado eternizado em filme
Como forma de homenagear a trajetória da avó, o neto José Bial — estudante de cinema — produziu o curta-metragem Oma, disponível no Globoplay. O título, que significa “avó” em alemão, é um retrato íntimo e poético da vida de Susanne. O documentário percorre suas memórias, desde a infância na Alemanha até a maturidade no Brasil, abordando temas como o Holocausto, a ditadura militar, o teatro e a música.
Mais do que uma biografia, Oma é uma celebração da resiliência e da capacidade de reinvenção de uma mulher que, mesmo diante das adversidades, escolheu o caminho do afeto e da escuta. O filme também revela o impacto de Susanne nas gerações seguintes, mostrando como seu legado ultrapassa os laços familiares e se inscreve na cultura brasileira.
Uma despedida serena, um tributo à vida
No dia seguinte ao seu aniversário centenário, Susanne Bial faleceu, encerrando uma existência grandiosa com a mesma dignidade com que viveu. Pedro Bial anunciou a partida da mãe com uma mensagem que foge do lamento e abraça a celebração: “Uma vida vividíssima, de muita luta, muita alegria, muito prazer, encontro e escuta”.
A causa da morte não foi divulgada, mas o tom da despedida deixou claro que o foco não estava na perda, e sim na gratidão por tudo o que Susanne representou. Nas redes sociais, amigos, colegas e admiradores prestaram homenagens, destacando sua inteligência, elegância e generosidade.
Um legado que transcende o tempo
A história de Susanne Bial é, acima de tudo, um lembrete do poder transformador da escuta, da empatia e da coragem. Sua vida atravessou guerras, regimes autoritários, mudanças culturais e tecnológicas — e, ainda assim, ela permaneceu fiel aos valores que escolheu cultivar: o amor, o conhecimento e a presença.
Sua ausência física deixa um vazio, mas sua presença simbólica permanece viva na memória da família, dos pacientes, dos amigos e do público que aprendeu a admirá-la. Em tempos de incerteza, a trajetória de Susanne Bial nos inspira a viver com mais propósito, mais ternura e mais humanidade.
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