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Ciro Gomes tem pedido de prisão preventiva por vio….ver mais

Entenda a origem das acusações

As acusações contra Ciro Gomes remontam a abril de 2024, quando Janaína Farias assumiu temporariamente uma cadeira no Senado, substituindo o então ministro da Educação, Camilo Santana. Na ocasião, Ciro fez declarações públicas ofensivas, referindo-se à senadora como “assessora para assuntos de cama” e “cortesã” de Camilo Santana.

Essas falas foram consideradas pelo Ministério Público como configurando violência política de gênero, conforme previsto no artigo 326-B do Código Eleitoral, que criminaliza atos de assédio, humilhação ou perseguição contra mulheres em cargos eletivos com o objetivo de dificultar o exercício de suas funções.

Em maio de 2025, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios condenou Ciro Gomes ao pagamento de R$ 52 mil em indenização por danos morais à prefeita.

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Reincidência e agravamento das declarações

Apesar da condenação, Ciro Gomes voltou a mencionar Janaína Farias em entrevistas recentes, reiterando ataques e acusações. Em uma dessas falas, ele afirmou que a prefeita “recrutava moças pobres e de boa aparência para fazer o serviço sexual sujo do senhor Camilo Santana”.

A reincidência das declarações levou a Advocacia do Senado a considerar que há risco à ordem pública e à integridade da prefeita, justificando o pedido de prisão preventiva. O órgão também sugeriu medidas alternativas, como proibição de contato com Janaína, restrição de manifestações públicas ofensivas e impedimento de aproximação física a menos de 500 metros.

Reações políticas e jurídicas

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou apoio ao pedido de prisão, classificando as declarações de Ciro como “gravíssimas” e “de machismo repugnante”. Já a defesa de Ciro Gomes afirmou que irá contestar judicialmente o pedido, alegando que se trata de uma tentativa de censura e perseguição política.

O juiz responsável pelo caso ainda não se pronunciou sobre o pedido, que foi protocolado em dois documentos nos dias 1º e 4 de setembro.

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Violência política de gênero: um problema estrutural

O caso envolvendo Ciro Gomes e Janaína Farias reacende o debate sobre a violência política de gênero no Brasil, um fenômeno que afeta mulheres em todos os níveis da vida pública. Segundo especialistas, esse tipo de violência não se limita a agressões físicas, mas inclui ataques verbais, desqualificação pública, ameaças e tentativas de silenciamento.

A legislação brasileira tem avançado na tipificação desses crimes, mas a aplicação prática ainda enfrenta desafios, especialmente quando os agressores ocupam posições de poder ou têm influência política significativa.

O pedido de prisão preventiva contra Ciro Gomes representa um marco importante na luta contra a violência política de gênero. Mais do que um embate entre figuras públicas, o caso levanta questões fundamentais sobre o respeito às mulheres na política, a responsabilização por discursos ofensivos e o papel das instituições democráticas na proteção dos direitos fundamentais.

Independentemente do desfecho judicial, o episódio serve como alerta para a necessidade de fortalecer os mecanismos de combate à violência de gênero e garantir que o espaço político seja seguro e igualitário para todas as pessoas.

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