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Dengue na gravidez pode ser até 4 vezes mais letal, alertam especialistas
Recomendação é que gestantes fiquem em observação independentemente da gravidade dos sintomas.
Em meio ao rápido aumento de casos de dengue no Brasil, a Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp) chamou a atenção para gestantes. Isso porque o grupo corre um risco quatro vezes maior de morrer pela doença, sobretudo se a infecção acontecer no terceiro trimestre gestacional. Contudo, o mesmo é estimado para o feto.
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A Letalidade da Dengue na Gravidez: Um Risco Quatro Vezes Maior
Todavia, a dengue é uma doença transmitida por mosquitos que pode ter efeitos prejudiciais em gestantes. Se uma mulher grávida já estiver infectada com dengue, ela pode transmitir o vírus ao feto durante a gravidez ou por volta do momento do parto. A doença pode ter efeitos nocivos, incluindo a morte do feto, baixo peso ao nascer e parto prematuro.
Se possível, a gestante deve evitar viajar para áreas com risco de dengue durante a gravidez. A doença é comum em mais de 100 países, incluindo países tropicais. É importante conversar com o profissional de saúde antes de viajar.
Portanto, se a gestante vive ou está viajando para uma área com risco de dengue, algumas medidas de proteção podem ser tomadas:
- Usar um repelente de insetos registrado na Agência de Proteção Ambiental (EPA).
- Vestir camisas de manga longa e calças compridas.
- Ficar em um hotel ou moradia com telas nas janelas e portas.
- Usar ar condicionado, se disponível.
- Tomar medidas para controlar os mosquitos dentro e ao redor de sua casa.
- Além disso, se a gestante desenvolver sintomas de dengue, como febre e erupção cutânea, dores nos olhos, músculos e articulações, ela deve procurar um profissional de saúde imediatamente. A detecção e o tratamento precoces são essenciais para evitar complicações graves.
A dengue pode ser mais letal em gestantes por várias razões:
Sistema imunológico enfraquecido: Durante a gravidez, o sistema imunológico da mãe é enfraquecido, criando uma oportunidade para o vírus se desenvolver fortemente.
Transmissão vertical: Uma mulher grávida já infectada com dengue pode transmitir o vírus ao feto durante a gravidez ou por volta do momento do parto. Isso pode levar a complicações como baixo peso ao nascer, parto prematuro e até mesmo a morte do feto.
Aumento da severidade da infecção: A gravidez foi identificada como um fator de risco para o aumento da severidade da infecção por dengue.
Portanto, é de extrema importância que as gestantes evitem áreas com risco de dengue e tomem medidas de proteção contra picadas de mosquito. Além disso, se desenvolverem sintomas de dengue, devem procurar um profissional de saúde imediatamente.
O mesmo risco se aplica ao feto
Por isso, a Sogesp aconselha que profissionais de saúde monitorem as grávidas diagnosticadas com dengue, independentemente da severidade dos sintomas. A hospitalização deve incluir hidratação oral e monitoramento dos sinais vitais. Exames adicionais podem ser necessários para excluir outras doenças, como influenza e malária.
A Sogesp ressalta que “Embora a maioria dos casos seja assintomática ou apresente sintomas leves, a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode progredir para condições graves. Apesar de a maioria dos casos ser clinicamente fácil de gerenciar, se o diagnóstico e o tratamento não forem rápidos e precisos, as condições graves podem resultar em morte”.
A associação destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina contra a dengue, mas não recomenda para gestantes ou lactantes (indivíduos que estão amamentando). A vacina contém um vírus vivo inativado. A mesma orientação se aplica a pessoas com alergia a outras vacinas e a indivíduos imunossuprimidos.
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