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DESUMANO: Major cria banco de horas negativas e policiais trabalham doentes e com medo; ‘a gente é obrigado a… Ver mais

Episódios recentes de policiais militares envolvidos em graves distúrbios psicológicos estão lançando luz sobre a urgente necessidade de atenção à saúde mental desses profissionais. Casos como o de um sargento que abriu fogo dentro de uma viatura, resultando na morte de um colega de farda e em seu próprio suicídio, são sintomáticos de uma problemática mais ampla que persiste nas forças policiais. Militares do 26º Batalhão (Santa Maria) denunciam a existência de um “banco de horas negativas” como forma de punição para aqueles que apresentam atestados médicos devido a problemas de saúde.

Apesar de não ser formalizado oficialmente, o sistema opera na prática, instigando o receio entre os policiais de buscar assistência médica. Aqueles que estão de atestado perdem o direito à folga e são posicionados no topo de qualquer escala extra que possa surgir no batalhão, revelou um policial que preferiu permanecer anônimo, temendo represálias.

O suposto banco de horas negativas, embora ilegal, é relatado como uma imposição do subcomandante do batalhão, major Alfredo Amorim Odorico. Esse mecanismo coercitivo cria um ambiente onde os policiais hesitam em procurar tratamento médico. Inclusive em casos de doenças sérias como a dengue, devido ao temor de consequências prejudiciais à sua folga e à sua participação em escalas extras.

As trágicas mortes do soldado Yago Monteiro Fidelis e do segundo-sargento Paulo Pereira de Souza, ocorridas em janeiro deste ano. Ressaltam a urgência de atenção à saúde mental dos policiais no Distrito Federal. Em 2023, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) registrou 2.525 atestados de afastamento por questões mentais, sendo 191 somente em dezembro. A média de seis PMs por dia se afastando de suas funções por sofrimento psíquico demonstra a gravidade do problema.

 

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