Feito com carinho
No último dia 8 de fevereiro, o médico Avenor Bim voltou a sua rotina de trabalho. Após alguns dias foram devido ao seu tratamento contra a Covid-19. Ele permaneceu 90 dias internado, sendo que, 21 desses dias, ele ficou intubado, em outras palavras, “desligado do mundo”.
“Retorno hoje, meu primeiro dia de trabalho pela manhã. Obrigado Deus pela vida e aos amigos pelas orações e a corrente do bem. Sintam todos abraçados por mim”, escreveu.
No seu escritório, que fica no interior paulista, o médico relatou acerca de sua luta, que ele e a esposa travaram contra o coronavírus. Ambos contrairam a Covid-19, um pouco depois das eleições de 15 de novembro. Deste dia em diante, a situação para eles complicou-se.
Em uma rápida entrevista, Avenor relatou o processo acerca de sua intubação, a sua transferência para São Paulo e por fim, sua cura.
“Deus me deu uma nova oportunidade de vida, que considero verdadeiro milagre, pois acredito que Ele tem algum propósito para mim, que eu poderia chamar de ‘missão’”.
SUA CONTAMINAÇÃO
Ele disse que embora tenha tomado todos os cuidados, em um dado momento, acabou contaminando-se.
“Preocupado com a Covid, fizemos o teste do cotonete (PCR). Ao sair o resultado, fizemos a tomografia, que no meu caso deu mais ou menos 50% do comprometimento pulmonar e o da Ana, em torno de 25%, porém pouco sintomáticos, resolvemos fazer o tratamento domiciliar”, relatou.
“Posteriormente com piora do quadro e saturação de oxigênio baixa (por volta de 84%), foi necessário a internação, pois como médico sabia que o período crítico ainda estava por vir. Como a Ana ainda estava melhor, não internou nesse momento”, explicou.
Milagres
O primeiro milagre, foi o fato que ele não precisou fazer uma traqueostomia, relatou.
“Em relação a minha esposa, fiquei sabendo antes de ser intubado que ela tinha piorado e internado, apenas isso”, recorda-se.
“Em momento algum, que me lembro, pensei na morte, apesar de ser a única certeza. Porém sabendo que esse vírus é novo, pouco se sabe ainda dele e a maioria das perguntas ainda são obscuras, depende da resposta imunológica de cada um e da virulência. Confesso que sempre tive esperança de viver, e após extubação (retirada do tubo), fiquei numa fase de otimismo e senti que estava caminhando para uma boa recuperação”. contou.
e após isso, ele chegou mais uma vez a conclusão que não há preço para a vida.