É um risco que eu corro, diz Bolsonaro sobre fim do isolamento

É um risco que eu corro, diz Bolsonaro sobre fim do isolamento

“É um risco que corro”. Essas foram as palavras do presidente Jair Bolsonaro ao reconhecer nesta sexta-feira que pode enfrentar dificuldades ao defender a reabertura do comércio. Foi durante a posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que o presidente fez a afirmação.

Mas o presidente também agradeceu “do fundo do coração” o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que compareceu à cerimônia. conforme o relatado, Mandetta afirmou que os dois serão julgados pela história por suas futuras escolhas.

Bolsonaro aproveitou para criticar as medidas adotadas por governadores em relação ao isolamento social. Mas o presidente afirmou que não vai estimular a desobediência civil sobre o assunto. O presidente também sustentou que respeita a decisão STF. Ao afirmar isso, ele se refere a determinação do STF de que cabe aos Estados e municípios para definir distanciamento social.

Mas ao afirmar que não vai pregar a desobediência civil, será que isso significa que finalmente ele vai ficar de boca fechada. Ou o presidente vai continuar criticando os governadores no que se refere a escolha do isolamento nos Estados.

Agradecimentos à Mandetta

“Eu agradeço, Mandetta, do fundo do coração. Aqui não tem vitoriosos e nem derrotados. A história, lá na frente, vai nos julgar. E eu peço a Deus que nós dois estejamos certos lá na frente. Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro, porque se agravar vem pro meu colo. Agora o que eu acredito que muita gente já está tendo consciência é que tem que abrir” – declarou Bolsonaro, em discurso no Palácio do Planalto.

Mas mesmo afirmando que não iri incitar a desobediência civil, seu discurso mostrou o contrário. Pois o presidente criticou medidas adotadas por chefes de Executivo estaduais. Embora não tenha sitado nomes, Bolsonaro afirmou achar as medidas exageradas. O presidente afirmou que por ele nenhum cidadão seria preso no Brasil por causa da desobediência ao isolamento. Isso porque a detenção seria apenas para quem “porventura estiver disseminando, de forma criminosa, algo que afetasse a saúde de todos”.

– Agora aquelas cenas de prender mulheres na praia, em praça pública, ou um cidadão também bastante forte sendo jogado no chão, colocado algemas, eu não consigo entender isso daí. Não concordo com isso – comentou.

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