Feito com carinho
Lula
visivelmente irritado durante o pronunciamento, criticou duramente a atuação do deputado. “É lamentável que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, esteja convocando os Estados Unidos a se intrometerem na política interna do Brasil. Isso é grave. É uma prática terrorista e antipatriótica”, disparou o presidente. Ele ainda completou dizendo que Eduardo teria deixado o mandato “pra lamber as botas de Trump” e tentar envolver os EUA em assuntos que dizem respeito só ao povo brasileiro.
Esse embate verbal acalorado é mais um capítulo da já longa história de polarização no país. A família Bolsonaro, desde o início, sempre teve uma relação estreita com a ala mais conservadora dos EUA, em especial com o ex-presidente Donald Trump. Eduardo, inclusive, já foi chamado de “embaixador informal” da direita brasileira nos Estados Unidos, mesmo sem nenhum cargo diplomático oficial.
Vale lembrar que esse tipo de acusação — de traição à pátria, de pedir interferência externa — tem um peso simbólico muito forte na política brasileira, ainda mais depois do trauma do 8 de janeiro de 2023, quando manifestações antidemocráticas culminaram na invasão de prédios públicos em Brasília. Desde então, qualquer movimentação que pareça minar a soberania nacional ou questionar o resultado das eleições tem sido vista com desconfiança.
Eduardo Bolsonaro
como de costume, não recua. Insiste que está defendendo a liberdade, criticando o STF e lutando contra o que ele vê como abuso de poder. Do outro lado, o governo Lula vê esse tipo de atitude como perigosa, um verdadeiro combustível para radicalismos que ameaçam a democracia.
No fim das contas, o debate vai além de uma simples troca de farpas. O que tá em jogo é o próprio entendimento de soberania, de democracia e dos limites da atuação política dentro e fora do Brasil. Em tempos tão polarizados, qualquer movimento vira pólvora — e parece que ninguém tá disposto a baixar as armas tão cedo.
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