Esofagite: Causas, Sintomas e Tratamento da Doença Que Levou a Internação de Bolsonaro e Inf…Ver mais

A forma intensa da doença, como a que acometeu o ex-presidente, pode apresentar erosões na mucosa esofágica, tornando o quadro mais delicado e exigindo tratamento imediato.

Causas da esofagite: de refluxo a medicamentos

Diversos fatores podem desencadear a esofagite. O mais comum é o refluxo gastroesofágico, quando o conteúdo ácido do estômago retorna ao esôfago, provocando irritação. Outros gatilhos incluem:

• Hérnia de hiato, que facilita o refluxo ácido
• Alergias alimentares, como intolerância a leite, trigo ou frutos do mar
• Infecções virais, bacterianas ou fúngicas, especialmente em pessoas com imunidade comprometida
• Uso prolongado de medicamentos, como anti-inflamatórios, antibióticos ou remédios para osteoporose3

No caso de Bolsonaro, o histórico de cirurgias abdominais e complicações digestivas desde o atentado sofrido em 2018 pode ter contribuído para o agravamento do quadro.

 

Diagnóstico e tratamento: como lidar com a esofagite intensa

O diagnóstico da esofagite é feito por meio de endoscopia digestiva alta, exame que permite visualizar diretamente o interior do esôfago e identificar inflamações, erosões ou outras alterações. A partir disso, o tratamento é definido conforme a causa e a gravidade.

Para casos como o de Bolsonaro, o protocolo inclui:

• Medicamentos inibidores de acidez, como omeprazol ou esomeprazol
• Dieta regrada, evitando alimentos ácidos, gordurosos, condimentados e bebidas alcoólicas
• Repouso domiciliar, essencial para a recuperação do tecido inflamado
• Moderação na fala, para evitar esforço muscular que possa agravar a inflamação

Em situações mais graves ou resistentes ao tratamento clínico, pode ser indicada cirurgia para correção de refluxo ou hérnia de hiato.

Complicações e riscos da esofagite não tratada

A esofagite, quando negligenciada, pode evoluir para complicações sérias, como:

• Estenose esofágica, que é o estreitamento do esôfago e dificulta a passagem de alimentos
• Úlceras esofágicas, que causam dor intensa e sangramentos
• Esôfago de Barrett, uma alteração celular que aumenta o risco de câncer esofágico

Por isso, o afastamento de Bolsonaro das atividades públicas não é apenas uma medida preventiva, mas uma necessidade médica para evitar agravamentos.

Impacto político e cuidados futuros

A suspensão da agenda de Bolsonaro em julho, incluindo eventos em Santa Catarina e Rondônia, gerou reações entre aliados e familiares. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro reforçou a importância do repouso, enquanto figuras como Flávio e Carlos Bolsonaro manifestaram preocupação com a saúde do ex-presidente.

A condição também reacende o debate sobre os efeitos de longo prazo das complicações digestivas que Bolsonaro enfrenta desde 2018. A recomendação médica é clara: repouso absoluto, dieta controlada e acompanhamento contínuo.

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