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Ex-assessor de Bolsonaro envia carta com pedido inusitado a Moraes e acab…Ver mais

A destituição dos advogados e a reação de Martins

A decisão de Moraes, tomada no dia 9 de outubro, retirou os advogados Eduardo Kuntz e Jeffrey Chiquini da defesa de Filipe Martins e de Marcelo Câmara, outro ex-assessor de Bolsonaro também réu no processo.

O ministro alegou que os profissionais agiram com “nítido caráter procrastinatório” ao não entregarem as alegações finais, mesmo após intimação. Como consequência, Moraes determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) assumisse a defesa dos réus.

A medida foi considerada severa por aliados de Martins, que enxergam na decisão uma tentativa de cercear o direito à ampla defesa. A carta enviada por Martins ao STF é vista como uma tentativa de reverter essa decisão e recuperar o controle sobre sua estratégia jurídica.

O conteúdo e o simbolismo da carta manuscrita

Embora o conteúdo completo da carta ainda não tenha sido divulgado, fontes próximas ao caso indicam que Martins expressa profunda insatisfação com a destituição de seus advogados e reforça sua confiança na atuação deles.

O gesto de escrever à mão é interpretado como uma tentativa de humanizar sua posição perante o tribunal e demonstrar o impacto pessoal da decisão judicial.

A carta também representa um ato de resistência política. Filipe Martins, conhecido por sua atuação ideológica no governo Bolsonaro, tenta se reposicionar como vítima de uma decisão arbitrária, buscando apoio entre seus aliados e na opinião pública.

Filipe Martins, réu na ação penal por tentativa de golpe de Estado e ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Arthur Max/MRE

Implicações jurídicas e políticas

O pedido de Martins coloca o STF diante de um dilema: manter a decisão de Moraes ou reconsiderar a destituição dos advogados.

A resposta do tribunal poderá influenciar o andamento do processo e abrir precedentes sobre o direito à escolha da defesa em casos de alta complexidade política.

Além disso, o episódio reacende as tensões entre o núcleo bolsonarista e o Supremo, especialmente em um momento em que o inquérito da trama golpista se aproxima de etapas decisivas. A carta de Martins pode servir como catalisador para novas manifestações públicas e articulações políticas em defesa dos réus envolvidos.

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