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Ex-Delegado Vítima de Emboscada Impl0rou Antes de M0rrer Para Ser…Ver mais
A principal suspeita: retaliação do PCC
A principal linha de investigação aponta para o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que Fontes combateu ao longo de sua carreira. Em 2019, ele foi responsável pela transferência de 15 líderes da facção para presídios federais, medida que teria gerado represálias internas.
Fontes já havia escapado de atentados anteriores atribuídos ao PCC. Em 2010, dois homens armados com fuzis foram detidos em frente à delegacia onde ele atuava. Em outras ocasiões, ele trocou tiros com criminosos e sobreviveu a tentativas de assalto. Três semanas antes de sua morte, Fontes chegou a declarar publicamente que temia pela própria vida.

Uma carreira marcada pela coragem e enfrentamento
Com mais de 40 anos de atuação na Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes construiu uma trajetória de enfrentamento direto ao crime organizado. Foi pioneiro nas investigações sobre o PCC, atuando em delegacias especializadas como o DHPP, Denarc e Deic. Entre 2019 e 2022, ocupou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, sendo nomeado pelo então governador João Doria.
Fontes também foi responsável por mapear a estrutura da facção e liderar operações durante os ataques de maio de 2006, quando o PCC promoveu ações violentas contra forças de segurança em São Paulo.
Desde 2023, exercia a função de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, onde continuava sendo uma figura pública de destaque.

Repercussão e investigação em curso
A morte de Fontes gerou comoção entre autoridades e colegas de profissão. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, determinou a criação de uma força-tarefa para identificar os autores do crime. A Polícia Civil já prendeu um dos suspeitos e busca outros envolvidos.
O Ministério Público, por meio do GAECO, também acompanha o caso, reforçando a gravidade da situação e o impacto da violência contra agentes públicos que atuam no combate ao crime organizado.
Reflexões sobre segurança pública e o poder do crime organizado
O assassinato de Ruy Ferraz Fontes reacende o debate sobre a vulnerabilidade de autoridades que enfrentam diretamente o crime organizado. A ousadia dos criminosos, a execução em plena via pública e o histórico de ameaças revelam um cenário preocupante para a segurança pública no Brasil.
Fontes deixa um legado de coragem, integridade e compromisso com a justiça. Sua morte não apenas representa uma perda irreparável para a Polícia Civil, mas também um alerta sobre os riscos enfrentados por quem desafia estruturas criminosas profundamente enraizadas.
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