Feito com carinho
“Foi na pia da cozinha”, conta a mulher que tirou a vida de sua filha. Casos de mães vi0lentand0 filhos, tirando a vida de seus próprios bebês, estão em alta nesses últimos dois anos. Especialistas apontam que isso pode estar vindo a acontecer devido a pandemia, com o isolamento social e o estresse diário, os pais tendem a ter um momento de raiva, posteriormente descontando nos filhos.
Neste caso, Laryssa Yasmim Pires de Moraes, 21 anos, narrou detalhes de como executou a facadas a própria filha, de apenas dois anos. Segundo a criminosa, o fato ocorreu na sua residência, apartamento de três cômodos, localizado na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires. De acordo com a jovem, em depoimento à 12ª Delegacia de Polícia de Taguatinga, ela contou que acordou às 5h30min da manhã. Depois, colocou sobre a pia um colchão de berço e levou a filha até a bancada.
“Tentou, primeiro, dar a primeira perfurada, mas não deu certo. A bebê começou a chorar. Foi aí que ela tentou suf0car com a mão, fechou os olhos e acertou outras duas vezes”, descreve o delegado Josué Ribeiro da Silva.
De antemão, o primeiro g0lpe não conteve tanto impacto, conseguindo acertar, Júlia Félix de Morais, de 2 anos, na região próxima ao pescoço, mas não chegou a entrar. No entanto, na sequência, ela apunhalou a gar0ta mais duas vezes e, dessa vez, a lâmina penetrou o tórax. Segundo as investigações, a barbárie sucedeu praticada com uma faca de pesca, de ponta triangular.
“FOI NA PIA DA COZINHA COM TRÊS FACADAS”
Além de tirar a vida da filha, Laryssa então se destinou a atacar o ex-companheiro, pai de Júlia, Giuvan Félix, que dormia no quarto. No momento, assustado, Gilvan então tentou tirar a arma branca da mão de Laryssa e acabou sendo atingido no rosto. Posteriormente, conseguiu desarmá-la, seguiu então para o vão onde a bebê estava, viu sua filha toda ensanguentada e acionou o Serviço de Atendimento Móvel(SAMU).
“Enquanto Giuvan estava no telefone, ela guardou a faca e escondeu o colchão na área de serviço, que encontramos após voltarmos à casa”, afirma o delegado.
BRIGA PELA GUARDA DE JÚLIA
De acordo com a investigação, Giuvan e Laryssa já não estavam mais juntos, a jovem passava apenas uma temporada na casa do ex-companheiro por ter sido expulsa de casa pela mãe e não ter para onde ir. A suspeita do principal motivo pode ter vindo acontecer pelo fato de Laryssa não aceitar que os avós paternos e maternos de Júlia, terem procurado a Justiça para tentar tirar a guarda da menina.
Laryssa foi submetida a exame toxicológico. A polícia quer saber se ela estava sob efeito de drogas no momento do crime. Como Giuvan afirma não ter ouvido nenhum grito do bebê, a hipótese levantada pelo delegado é que ele possa ter sido dopado. “Todo o prédio ouviu, menos ele”, conta. O pai da criança, inclusive, diz se lembrar de ter tomado um suco feito por Laryssa.
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