Garota desaparecida há anos é encontrada pelo pai dentro do porão do próprio vi… Ver mais

Sara foi a primeira a notar o silêncio incomum e alertou Bruno. Preocupado, ele correu até o quintal, mas a menina não estava lá. O sol ainda iluminava a paisagem, mas o vazio deixado pela ausência da filha começava a lançar uma sombra sobre a família.

Inicialmente, tentaram acreditar que Mar poderia ter ido brincar com algum vizinho ou amigo próximo, como já acontecera em outras ocasiões. Contudo, à medida que os minutos se transformavam em horas, e estas avançavam para o cair da noite, a apreensão se instalou. O desaparecimento, que a princípio parecia um contratempo passageiro, rapidamente se transformou em um pesadelo.

Desesperado, Bruno não mediu esforços. Vasculhou a cidade inteira, percorrendo ruas, becos e praças, sem conseguir pregar os olhos por várias noites consecutivas. A mobilização comunitária foi imediata: vizinhos e voluntários se uniram em uma busca incansável, revirando cada canto na esperança de encontrar algum vestígio de Mar.

Quatro meses se passaram, marcados por angústia e esgotamento. O desespero deu lugar à dor silenciosa, enquanto rumores começavam a circular, sugerindo que o pior havia acontecido. Ainda assim, Bruno se recusava a desistir. Mesmo com a ausência de pistas concretas, ele persistia, determinado a explorar cada possibilidade. Foi então que um detalhe, até então ignorado, chamou sua atenção: a propriedade do Senhor Beto, um vizinho discreto, cujos hábitos e comportamentos ele nunca havia questionado até então. Essa descoberta reacendeu em Bruno uma centelha de esperança — ou quem sabe, um pressentimento — que o impulsionou a seguir investigando, em busca de respostas que pudessem, finalmente, desvendar o paradeiro de sua filha.