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Américo foi levado consciente ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, onde passou por cirurgia de alta complexidade e foi mantido em coma induzido. Após cinco dias internado, ele não resistiu às lesões e morreu por infecção generalizada e falência renal.

Investigação e responsabilização

O caso, inicialmente tratado como lesão corporal culposa, passou a ser investigado como homicídio culposo pela Polícia Civil de Minas do Leão. A tutora dos animais, Antonina Doraci Keenan, alegou que Américo teria entrado no quintal por conta própria, mas familiares afirmam que ele foi convidado a deixar a lenha dentro da propriedade. A Justiça autorizou a apreensão dos três cães sobreviventes, que foram encaminhados ao canil da Penitenciária Estadual de Charqueadas.

Protesto e comoção popular

Na sexta-feira (12), dia do sepultamento de Américo no município de Butiá, cerca de 40 pessoas participaram de um protesto em frente à casa onde ocorreu o ataque. Com cartazes e balões, familiares e amigos pediram justiça e responsabilização da tutora dos animais. A família da idosa deixou a cidade por medo de represálias.

Américo era conhecido por sua dedicação ao trabalho e por ser uma figura querida na comunidade. Sem esposa ou filhos, ele morava com uma irmã e era descrito como um homem saudável, ativo e respeitado. “Por causa de R$ 30 em lenha, ele perdeu a vida. Isso não pode ser tratado como acidente”, lamentou a sobrinha Joice Souza.

Debate sobre segurança e legislação

O caso reacende o debate sobre a posse responsável de animais de grande porte e a necessidade de fiscalização mais rigorosa. Segundo a legislação estadual, tutores de pitbulls devem seguir protocolos específicos de segurança, como uso de focinheira e contenção adequada. A tragédia expõe falhas na aplicação dessas normas e levanta questionamentos sobre a responsabilidade civil e criminal em casos de ataques fatais.

Enquanto a investigação segue em andamento, a comunidade de Minas do Leão clama por justiça e por medidas que evitem que episódios como esse se repitam. O Ministério Público deve receber o inquérito nos próximos dias para avaliar possíveis denúncias e encaminhamentos judiciais.

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