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Suspeito é ex-marido e já havia histórico de violência
As investigações apontam que o autor dos disparos seria o ex-marido de Elisete, identificado como José Francisco Ferreira da Silva, com quem ela manteve um relacionamento por quatro anos. O casal estava separado desde 2017, mas, segundo familiares, o homem não aceitava o fim da relação. Elisete chegou a registrar uma medida protetiva contra ele, após episódios de perseguição, roubo de documentos e ameaças constantes.
Cinco dias após o crime, um diário pessoal da vítima foi encontrado, revelando relatos detalhados sobre o sofrimento que enfrentava. Nas páginas, escritas durante seus plantões como técnica de enfermagem, Elisete descrevia o medo que sentia e as agressões que sofria. Em uma das mensagens enviadas à família, ela alertava: “Se ele fizer qualquer coisa contra mim, tá todo mundo alertado e vai chamar a polícia para ele. Não sei o que ele está planejando”.
Investigação e prisão do suspeito
Após o assassinato, José Francisco tentou fugir para São Paulo, mas não foi aceito por familiares. Ele então se escondeu por três semanas em Paranaguá, no litoral do Paraná. Sentindo-se acuado, decidiu se entregar voluntariamente na Casa da Mulher Brasileira, em Curitiba, onde foi preso pela polícia.
A DHPP segue com as investigações, reunindo provas e depoimentos que reforçam a tese de feminicídio. O caso tem mobilizado autoridades e organizações de defesa dos direitos das mulheres, que cobram justiça e medidas mais eficazes de proteção às vítimas de violência doméstica.
Comoção e homenagens
Elisete era conhecida por sua dedicação à saúde pública e por seu trabalho como cuidadora de idosos. Além de técnica em enfermagem, atuava como agente comunitária em uma unidade de saúde da Prefeitura de Curitiba. Seu sepultamento ocorreu no sábado, 21 de setembro, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, e reuniu familiares, amigos e colegas de trabalho em um clima de profunda dor e indignação.
A tragédia reacende o debate sobre a violência contra a mulher e a necessidade de fortalecer políticas públicas de prevenção, acolhimento e punição. O caso de Elisete Menin Arnold é mais um entre tantos que evidenciam a urgência de proteger vidas e garantir que nenhuma mulher seja silenciada pela violência.
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