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Identificado jovem que morreu ao receber ácido durante sessão de hemodiálise ele er…Ver mais

O erro que custou uma vida

Segundo relatos da família e laudos médicos, o ácido peracético foi introduzido de forma intravenosa, provocando hemorragia cerebral, edema e insuficiência respiratória aguda.

Bruno foi internado em estado gravíssimo no Pronto Socorro Central de São Gonçalo, onde permaneceu entubado e em coma por 18 dias.

Apesar dos esforços da equipe médica, ele faleceu na tarde de segunda-feira, 8 de setembro.

A irmã de Bruno, Vitória Rodrigues, afirmou que naquele dia houve troca de profissional responsável pelo procedimento, o que pode ter contribuído para o erro. O diretor técnico da clínica teria admitido que resíduos da substância estavam presentes no equipamento utilizado.

Investigação e responsabilização

O caso, inicialmente registrado como lesão corporal por imperícia, passou a ser investigado como homicídio culposo após a morte de Bruno. A Polícia Civil já ouviu os funcionários envolvidos e apura falhas graves de segurança, especialmente durante a troca de turno da equipe.

A Secretaria Estadual de Saúde determinou a transferência dos pacientes da clínica para outras unidades e exigiu um plano de melhorias e treinamento para os profissionais.

A clínica onde ocorreu o incidente, localizada em São Miguel, havia mantido convênio com o município até abril de 2025. A fiscalização do serviço é responsabilidade da Vigilância Sanitária Estadual, que foi notificada.

Bruno Rodrigues Ventura dos Santos

Comoção e mobilização da comunidade

Morador de Maricá, Bruno era conhecido por sua dedicação ao trabalho e pela luta constante contra a doença renal. Após o ocorrido, vizinhos e amigos se mobilizaram para ajudar a família com os custos do velório.

A Prefeitura de São Gonçalo lamentou o ocorrido e se colocou à disposição para prestar apoio aos familiares.

Além da dor da perda, a tragédia reacendeu o debate sobre a segurança nas clínicas de hemodiálise, especialmente aquelas conveniadas ao SUS. O caso de Bruno Ventura não é apenas uma fatalidade — é um alerta urgente para que protocolos sejam revisados, profissionais capacitados e pacientes protegidos.

Um chamado à mudança

A morte de Bruno não pode ser esquecida. Ela deve servir como ponto de partida para uma transformação profunda na forma como clínicas de hemodiálise operam no Brasil.

A negligência que tirou a vida de um jovem trabalhador precisa ser enfrentada com rigor, transparência e responsabilidade.

A sociedade exige respostas. E, acima de tudo, exige que nenhuma outra vida seja colocada em risco por falhas evitáveis.

 

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