Mãe deixa bebê de 2 meses em ‘boca de fumo’ como GARANTIA e perde a guarda da criança

Mãe deixa bebê de 2 meses em ‘boca de fumo’ como GARANTIA e perde a guarda da criança

Nesta terça-feira, 8, um recém nascido de apenas 2 meses foi resgatado por policiais dentro de uma boca de fumo (local conhecido por venda de entorpecentes). A ação pode ser considerada abandono de incapaz. O caso aconteceu em Pontes Lacerda, a quase 500km da região de Cuiabá.

De acordo com a Polícia Militar e Civil, a criança foi deixada como forma de garantia de que retornaria para pagar a dívida que ficou pendente com os traficantes. A mãe, de 28 anos, é usuária de drogas. Uma denúncia anônima chegou ao Conselho Tutelar que, com o auxílio das autoridades, se dirigiram até o local e recolheram a criança. 

A mãe ainda não havia sido localizada. Chegando a residência, que está localizada no bairro residencial Vera, a criança estava sob cuidados de duas mulheres, que não confessaram a motivação de estarem com a bebê ou que seria por um débito de pagamento. Segundo as mulheres, que foram até a delegacia prestar depoimento, a mãe da criança pediu para elas cuidarem. 

Mãe deixa bebê de 2 meses em ‘boca de fumo’ como GARANTIA

A Polícia vasculhou os antecedentes criminais tanto das duas mulheres quanto da mãe e todas tem passagem pela polícia por tráfico no Mato Grosso. O bebê está agora, sob vigência do Lar de apoio a criança (LAC) de Pontes e Lacerda. 

Segundo a Delegada, Bruna Caroline Laet, foi aberta uma investigação, baseado no artigo 238 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA): prometer ou efetuar a entrega de filho ou pupilo a terceiros. 

“Nessa situação repugnante, a mãe de um bebê a entregou em uma boca de fumo como garantia que retornaria para pagar. A criança foi, de certa forma, um pagamento pela droga”, disse a delegada. 

Perda da guarda 

A mulher é usuária de drogas há pelo menos 10 anos e além da bebê, tem ainda mais quatro filhos. O primeiro veio a óbito aos 2 anos, o segundo e o terceiro estão sob guarda de pessoas que não são da mesma família. Uma quarta criança, está em um abrigo. O MP pediu a retirada da guarda definitiva da mulher, que já tem a guarda temporária retirada. 

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