Feito com carinho
A brutalidade do ato e o fato de ter sido cometido diante das filhas tornam o caso ainda mais perturbador. As crianças, que mal sabem falar, agora enfrentam um trauma profundo e irreversível.
A versão do suspeito e os desdobramentos legais
Em depoimento à polícia, Irenito Ramos alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que Natiele teria iniciado uma briga e o ameaçado com uma faca. Ele também declarou que a companheira teria dito ter contatos com integrantes de uma facção criminosa e que teria mandado matá-lo. Segundo ele, após conseguir desarmá-la, a golpeou repetidamente.
Apesar da alegação, a polícia considera a versão inconsistente diante da brutalidade do crime e da quantidade de facadas desferidas. Ramos foi capturado enquanto tentava fugir pela BR-472 e permanece preso preventivamente enquanto o inquérito é concluído.
Repercussão e comoção em São Borja
A comunidade de São Borja reagiu com indignação e tristeza. Vizinhos e familiares de Natiele descrevem a jovem como uma mãe dedicada e uma mulher batalhadora. A tragédia provocou manifestações de apoio à família e pedidos por justiça nas redes sociais.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres também se mobilizaram, destacando a urgência de políticas públicas mais eficazes no combate à violência doméstica. O caso de Natiele não é isolado — representa uma realidade cruel enfrentada por milhares de mulheres no Brasil.
O impacto psicológico nas crianças e o futuro da família
As filhas gêmeas de Natiele, que presenciaram o crime, estão sob cuidados da avó materna. Psicólogos e assistentes sociais acompanham o caso para oferecer suporte emocional às crianças e à família. Especialistas alertam que o trauma vivido por menores em situações de violência doméstica pode gerar sequelas duradouras, exigindo acompanhamento contínuo.
Justiça e memória
O feminicídio de Natiele Rodrigues Souza é mais do que um número nas estatísticas — é uma história de dor, perda e urgência. Que sua memória sirva como símbolo da luta contra a violência de gênero e que a justiça seja feita com rigor. A sociedade precisa se unir para proteger mulheres e crianças da brutalidade que ainda persiste dentro de muitos lares.
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