Notícias e Informações
Publicidade
Publicidade

Mauro Cid decide não comparecer ao julgamento no STF devid…Ver Mais

A delação de Mauro Cid e seu impacto no processo

A ausência de Mauro Cid não diminui o peso de sua participação no caso. Sua delação premiada é considerada um dos pilares da acusação formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nos depoimentos, Cid revelou detalhes sobre ações atribuídas a Bolsonaro e seus aliados, como a tentativa de deslegitimar o processo eleitoral, espionagem de autoridades, venda ilegal de joias da Presidência e inserção de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.

Essas revelações foram corroboradas por provas materiais e depoimentos de outros militares, como o general Freire Gomes e o almirante Carlos de Almeida Baptista Júnior, que confirmaram ter sido abordados por Bolsonaro com propostas de ruptura democrática.

Este é Mauro Cid - 11/07/2023 - Politica - Fotografia - Folha de S.Paulo

Estratégia jurídica e clima político

A decisão de Cid de acompanhar o julgamento remotamente reflete uma estratégia jurídica adotada por vários réus. A maioria dos acusados, incluindo o próprio Bolsonaro, indicou que não compareceria presencialmente às sessões, preferindo ser representada por seus advogados. A exceção até o momento é o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, que deve estar presente em pelo menos uma das sessões.

O julgamento, presidido pelo ministro Cristiano Zanin, terá oito sessões e deve se estender até o dia 12 de setembro. A leitura do relatório inicial foi feita por Alexandre de Moraes, relator do caso, que apresentou os principais pontos da acusação e das defesas. A PGR acusa os réus de cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Governo Bolsonaro segue no seu pior patamar, com 63% de reprovação – CartaCapital

O futuro de Bolsonaro e seus aliados

A ausência de Mauro Cid no julgamento não significa que ele esteja distante do processo. Seus advogados foram os primeiros a se manifestar na sessão, em razão do acordo de delação premiada firmado anteriormente. A expectativa é que suas declarações sejam decisivas para o desfecho do julgamento, especialmente no que diz respeito à responsabilização de Bolsonaro como suposto articulador da trama.

Enquanto isso, o ex-presidente segue em prisão domiciliar e enfrenta crescente pressão judicial. Sua presença nas sessões ainda é incerta, e qualquer movimentação pode ter impacto direto na percepção pública e no andamento do processo.

O julgamento da suposta trama golpista marca um momento de inflexão na política brasileira. A ausência de Mauro Cid, embora estratégica, não diminui o peso de suas revelações. Com o STF mobilizado e a sociedade atenta, os próximos dias serão decisivos para definir não apenas o destino dos réus, mas também os rumos da democracia no país.

Leia mais: CELA JÁ ESTA RESERVADA: Bolsonaro acaba de receber triste notícia, el… Ler mais

Comentários estão fechados.