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Poze está sob investigação por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.

Ao sair de casa algemado, o cantor não quis dar declarações e, ao chegar à Cidade da Polícia, apenas reclamou da condução.

Seu advogado, Fernando Henrique Cardoso Neves, afirmou que essa investigação “se trata de uma narrativa antiga” e que pretende entrar com habeas corpus caso seu cliente não seja liberado.

Shows em áreas dominadas pelo Comando Vermelho

De acordo com as investigações, Poze tem se apresentado exclusivamente em territórios dominados pelo Comando Vermelho (CV), contando com a presença ostensiva de traficantes armados com fuzis para garantir a segurança do evento e do artista.

A DRE afirma que suas músicas fazem clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas, além de incitarem confrontos entre facções criminosas rivais—muitas vezes resultando em vítimas inocentes.

Segundo as autoridades, os shows do funkeiro são usados estrategicamente pelo CV para ampliar seus lucros com o tráfico de drogas, revertendo os ganhos para a compra de mais armas e equipamentos destinados à prática de crimes.

Apologia ao crime e associação ao tráfico

A Polícia Civil reforça que as letras de suas músicas ultrapassam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, caracterizando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas.

Além disso, os investigadores continuam analisando possíveis envolvidos e financiadores diretos dos eventos organizados pelo artista.

Recentemente, o RJ2, programa jornalístico da TV Globo, revelou imagens de um baile funk na comunidade Cidade de Deus, onde Poze se apresentou diante de traficantes fortemente armados que exibiam fuzis sem qualquer receio de serem identificados.

O show aconteceu poucos dias antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, que integrava a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e foi morto durante uma operação na comunidade.

Histórico de eventos e investigações anteriores

Não é a primeira vez que Poze se apresenta em eventos onde há presença de traficantes armados. Em 2020, ele foi visto em uma festa no Jacaré, com circunstâncias semelhantes.

Já em novembro do ano passado, Poze e sua esposa, Viviane Noronha, foram alvo da Operação Rifa Limpa, que investigava sorteios ilegais promovidos nas redes sociais. Na ocasião, carros de luxo e joias do funkeiro foram apreendidos.

A operação descobriu um esquema de rifas que supostamente seguia as regras da Loteria Federal, mas usava um aplicativo com indícios de manipulação. No mês passado, no entanto, a Justiça determinou a devolução dos bens, alegando falta de comprovação da relação dos itens com os delitos investigados.

Após a decisão judicial, Poze comemorou nas redes sociais, afirmando: “Eu só quero o que é meu e o que Deus generosamente me dá”.

 

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