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Relato do Marido e Críticas à Clínica

O viúvo de Amanda relatou que sua esposa estava bem antes da cirurgia e criticou a falta de informações detalhadas fornecidas pela clínica. Ele destacou que Amanda foi atendida no local sem encaminhamento imediato para um hospital, agravando a revolta da família.

Segundo ele, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado após a morte, mas a comunicação com a família foi precária.

Uma tia de Amanda, médica intensivista, criticou a falta de estrutura da clínica para lidar com emergências, como uma parada cardiorrespiratória, que foi a suposta causa da morte informada pela Endoscorpos. Ela acredita que o evento poderia ter sido revertido caso a equipe estivesse devidamente preparada.

Família Busca Justiça e Não Aceita Compensação Financeira

Em meio à indignação, a família rejeitou uma oferta da clínica para custear o funeral, afirmando que buscam justiça, e não compensações financeiras.

As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pela 72ª Delegacia de Polícia de São Gonçalo. Depoimentos de profissionais da clínica, incluindo a médica responsável e o anestesista, já foram colhidos, além do viúvo.

O delegado titular, Fabio Luiz da Silva Souza, informou que será verificada a regularidade da clínica e a habilitação da médica para realizar o procedimento. Uma perícia também será realizada no local e na vítima para determinar as causas exatas da morte.

No site da clínica Endoscorpos, o procedimento de implantação de balão gástrico é descrito como minimamente invasivo, realizado por endoscopia e sem necessidade de internação hospitalar.

A técnica, indicada para pacientes com sobrepeso ou que não desejam passar por cirurgias mais complexas, utiliza sedação ou anestesia administrada por profissionais especializados. O incidente gerou dúvidas sobre a segurança do procedimento e a infraestrutura do estabelecimento para atender emergências.

A Prefeitura de São Gonçalo informou que a clínica solicitou a renovação de sua Licença de Funcionamento Sanitário em dezembro de 2024. Durante uma vistoria realizada pela Vigilância Sanitária Municipal, foram constatadas a falta de alguns documentos, com prazo até 17 de janeiro para adequação.

Apesar disso, não foram encontradas irregularidades estruturais no local. A Endoscorpos declarou em nota que está oferecendo apoio à família de Amanda e colaborando com as investigações.

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