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O impacto da ausência de liderança
A ausência de uma liderança clara na direita tem reflexos diretos na formação de chapas para governos estaduais e para o Congresso Nacional.
Com o prazo final para registro de candidaturas se encerrando em 15 de agosto de 2026, partidos como PL, Republicanos e PP enfrentam dificuldades para consolidar alianças e lançar nomes competitivos.
A indefinição é especialmente crítica em estados como São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, onde o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é cotado como possível sucessor de Bolsonaro, mas ainda não confirmou se disputará a Presidência ou buscará a reeleição.
Tarcísio, Michelle, Moro e Zema: os nomes em disputa
Segundo pesquisa do Instituto da Democracia, Tarcísio de Freitas lidera entre os potenciais sucessores de Bolsonaro, com 17% das intenções de voto. Michelle Bolsonaro aparece com 11%, seguida por Sergio Moro (12%) e Romeu Zema (6%).
A preferência varia conforme o grau de aprovação ao ex-presidente: entre os que “gostam muito” de Bolsonaro, Tarcísio e Michelle lideram; entre os que “gostam mais ou menos”, Moro ganha força.
Apesar da popularidade entre bolsonaristas, os filhos do ex-presidente — Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro — têm baixa aceitação como sucessores. Apenas 3% dos entrevistados os consideram aptos a ocupar o lugar do pai na corrida presidencial.
O dilema do PP e a fragmentação regional
O Partido Progressistas (PP), que integrou a coligação bolsonarista em 2022, vive um dilema. Caso Tarcísio seja o candidato da direita, o partido pretende obrigar seus diretórios no Nordeste a se oporem ao presidente Lula (PT). No entanto, a proximidade de lideranças regionais com o governo federal dificulta essa estratégia. Sem uma definição clara de candidatura, o PP corre o risco de fragmentar sua base e perder força nas disputas locais.
O relógio eleitoral e os riscos da indefinição
A corrida presidencial de 2026 será marcada por uma intensa polarização e pela disputa por 54 das 81 vagas no Senado, além da renovação da Câmara dos Deputados e dos governos estaduais.
A correlação entre desempenho eleitoral e distribuição de verbas públicas — estimadas em mais de R$ 6 bilhões — torna a definição de candidaturas ainda mais estratégica.
A hesitação de Bolsonaro em indicar um nome para sucedê-lo não apenas compromete a coesão da direita, mas também abre espaço para adversários consolidarem suas campanhas.
O presidente Lula, por exemplo, lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno simulados pela pesquisa Quaest, vencendo inclusive os principais nomes da direita.
Conclusão: o futuro da direita depende de uma decisão
A direita brasileira vive um momento de encruzilhada. Sem a possibilidade de contar com Jair Bolsonaro como candidato, os partidos aliados precisam urgentemente definir um nome que represente o legado bolsonarista e tenha força para enfrentar Lula em 2026.
A demora em tomar essa decisão pode custar caro, não apenas na disputa presidencial, mas também na composição do Congresso e no controle dos governos estaduais. O tempo corre, e a janela para articulações eficazes está se fechando.
Se a direita quiser se manter competitiva, precisará superar a paralisia provocada pela ausência de Bolsonaro e construir uma candidatura sólida, capaz de unir diferentes correntes e enfrentar o desafio eleitoral com consistência e estratégia.
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