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Nossa Querida Maria M0rreu Após Cirurgia Plástica Para Remo…Ver mais

Família denuncia negligência e falta de estrutura

De acordo com relatos da irmã da vítima, Lea Carolina Menezes, houve demora no atendimento emergencial após complicações durante a cirurgia. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) só foi acionado por volta das 18h13, horas após o início do procedimento. A jovem sofreu uma broncoaspiração seguida de parada cardiorrespiratória, e as tentativas de reanimação duraram cerca de 90 minutos, sem sucesso.

A família acusa a equipe médica de negligência e afirma que o centro cirúrgico não possuía estrutura adequada para lidar com emergências. A Polícia Civil encontrou medicamentos vencidos no local, inclusive no carrinho de parada cardíaca, e duas gerentes da clínica foram presas em flagrante. O caso está sendo investigado pela Delegacia do Consumidor (Decon) e pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj).

Jovem morre após procedimento estético em clínica da Zona Oeste do Rio

O modelo “One Day Clinic” e os riscos ocultos

O Hospital Amacor funciona no modelo conhecido como “One Day Clinic”, ou “Hospital Dia”, onde equipes médicas terceirizadas alugam o espaço para realizar procedimentos. Em nota oficial, a clínica afirmou que fornece apenas a infraestrutura e que o centro cirúrgico está equipado com dispositivos de emergência, como desfibriladores e carrinhos de parada cardiorrespiratória.

No entanto, especialistas alertam que esse modelo pode gerar lacunas na responsabilidade médica, dificultando a fiscalização e o controle de qualidade. A morte de Marilha reacende a discussão sobre a regulamentação de clínicas estéticas, especialmente aquelas que realizam procedimentos invasivos sem suporte hospitalar completo.

Um debate necessário sobre saúde estética no Brasil

O caso de Marilha Menezes não é isolado. Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento significativo no número de cirurgias estéticas, muitas vezes realizadas em clínicas com estrutura limitada. A busca por padrões de beleza, aliada à facilidade de parcelamento e marketing agressivo, tem levado muitas pessoas a se submeterem a procedimentos sem avaliar os riscos reais.

A tragédia de Marilha levanta uma pergunta urgente: até que ponto estamos protegendo vidas em nome da estética? É preciso que autoridades, profissionais de saúde e sociedade civil se unam para garantir que clínicas estejam devidamente equipadas, que médicos sejam qualificados e que pacientes recebam informações claras sobre os riscos envolvidos.

Justiça e memória

Marilha foi sepultada na quarta-feira, 10 de setembro, no cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. A família segue em busca de justiça, e o caso continua sob investigação. Mais do que uma tragédia pessoal, sua morte se tornou símbolo de um sistema que precisa ser revisto com urgência.

Que sua história sirva de alerta e de impulso para mudanças que salvem vidas. Porque nenhuma cirurgia estética deveria custar o que há de mais precioso: a vida.

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