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M0rre Nosso Querido Kauã Após Picada de Escorpião Na Sua Bun…Ver mais
A mãe, Stefanie Caroline Alves de Lima, levou o filho às pressas para a UPA da Vila Toninho, onde ele recebeu anestesia, mas foi informada de que não havia soro antiescorpiônico disponível na unidade. O menino foi então transferido para o Hospital da Criança e Maternidade (HCM), onde recebeu o soro e foi internado na UTI, entubado e sedado.
Complicações e morte
Apesar dos esforços médicos, Kauã sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu no domingo, dia 3 de agosto. O corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista na segunda-feira (4), em meio à comoção da comunidade e da família.
A mãe lamentou a ausência do soro na UPA e afirmou que, se o antídoto estivesse disponível desde o primeiro atendimento, o filho poderia ter sobrevivido. “Se tivesse, o meu filho estaria vivo hoje e não estaria no caixão”, disse emocionada.
Aumento de acidentes com escorpiões e alerta das autoridades
O caso de Kauã não é isolado. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, São José do Rio Preto tem registrado crescimento de mais de 30% nos acidentes com escorpiões em relação ao ano anterior. Somente entre janeiro e maio de 2025, foram contabilizados 2.679 casos, com média de 19 ocorrências diárias.
Especialistas apontam que fatores como aquecimento global, acúmulo de lixo, terrenos baldios e mato alto contribuem para a proliferação desses animais. A vulnerabilidade de crianças pequenas em áreas urbanas é especialmente preocupante.
Medidas e como prevenir novos casos
Após o ocorrido, a Secretaria de Saúde anunciou medidas emergenciais, incluindo inspeções em áreas de risco e reforço na distribuição de soro antiescorpiônico. Técnicos do Disque Saúde (0800‑770‑5870) estão sendo mobilizados para orientar moradores e realizar vistorias em locais com presença de escorpiões.
Entre as recomendações estão:
- Manter terrenos e quintais limpos
- Vedar ralos e frestas
- Inspecionar roupas e calçados antes do uso
- Evitar o acúmulo de entulho e lixo doméstico
Um sonho interrompido
Kauã sonhava em ser jogador de futebol e treinava com dedicação para alcançar esse objetivo. Segundo o pai, Rodrigo Pereira Hummel, o menino era apaixonado pelo Sport Club Corinthians e queria ser convocado para jogar pelo clube. “Ele levantava e dormia pensando nisso. Infelizmente, um escorpião acabou com esse sonho dele”, lamentou.
A dor da família é compartilhada por toda a comunidade, que agora exige respostas e ações concretas para evitar que outras crianças tenham seus sonhos interrompidos por tragédias evitáveis.
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