Feito com carinho
No dia 19 de agosto de 2017, Ana Paula Ramos, de 25 anos de idade, estava em uma praça com sua amiga Luana Sales, no Parque Rio Branco, em Grarus, quando levou 4 tiros- sendo um deles na cabeça-, a vítima chegou a ser socorrida e levada em estado gravíssimo para o Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu e morreu dois dias depois, após ter tido morte cerebral declarada.
A princípio a polícia suspeitava de latrocínio (roubo seguido de morte), porém à medida em que o caso era investigado pela 146° Delegacia Policial, de Guarus, foi evidenciado o enredo de um triste homicídio premeditado envolvendo 4 pessoas, sendo uma delas a melhor amiga e cunhada da vítima.
Luana Sales foi apontada como a mandante do crime. As duas se conheciam desde a infância e no dia do assassinato, elas tinham saído para escolher um vestido para a festa de casamento de Ana Paula (vítima), que aconteceria em poucos meses.
Luana, melhor amiga e cunhada de Ana Paula e que seria também a madrinha de casamento da vítima, encomendou a morte da amiga por R$ 2,5 mil reais á Igor e Wermison, os executores e ao intermediário Marcelo, que era namorado de Carolina, uma amiga de Luana. A mandante pagou R$ 2 mil antes do atentado e pagaria mais R$ 500 após o crime. Segundo a acusação apresentada pelo Ministério Público o crime “foi uma emboscada que, por sua vez, tornou impossível a defesa da vítima, na medida em que Ana Paula foi atraída pela denunciada (Luana), sua cunhada, para o local de execução do crime, ocasião em que foi atingida pelos disparos feitos pelo terceiro e quarto denunciados (Igor e Wermison), sem possibilidade de defesa. Consta nos autos que a primeira denunciada era cunhada da Vítima Ana Paula e, como desejava a execução desta, contratou o segundo denunciado (Marcelo) que, por conseguinte, ajustou com os executores, terceiro e quarto denunciados (Igor e Wermison) acerca do crime, ficando acertado também que deveria ser simulada a prática de um crime de roubo”, consta no processo.
A acusada Luana Sales, nunca colaborou com a polícia e nunca houve confissão da mesma, mesmo após todas as evidências. Wermison, Igor e Marcelo colaboraram com a polícia desde o início pois temiam por suas vidas. Afinal, segundo eles, ambos executores aceitaram cometer o crime pois Luana inventou que Ana Paula estaria ameaçando e fazendo torturas psicológicas com uma criança de 3 anos de idade, o que mais tarde foi descoberto que era mentira e, após os criminosos terem descoberto que Ana Paula era ‘uma boa pessoa’, eles resolveram a todo momento colaborar com a polícia devido aos problemas que tiveram com traficantes locais ao executar uma inocente, o que pôs em risco suas próprias vidas.
Até hoje não se sabe concretamente os reais motivos de Luana ter mandado matar Ana Paula.
Luana Sales foi condenado a 24 anos de prisão, enquanto Igor e Wermison (os executores) e Marcelo (o intermediário) foram condenados a 13 anos de prisão.
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