O que é coqueluche? Médicos alertam para o surto da doença que atinge principalmente crianças

Apesar disso, a cidade não registra óbitos por coqueluche há cinco anos. No país, o aumento é semelhante, com 4.394 casos confirmados até 27 de novembro, em contraste com os 214 casos de 2023. Essa escalada de casos segue uma tendência mundial, com surtos observados em países da Europa, Ásia e Oceania.

O que é coqueluche?

A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é uma doença respiratória altamente contagiosa que se transmite por gotículas eliminadas durante tosse, espirros ou fala.

O sintoma mais característico é a tosse seca persistente, acompanhada de febre, coriza e mal-estar geral. Crianças pequenas, especialmente as que não completaram o esquema vacinal, têm maior risco de complicações graves e óbitos.

O período de incubação da doença varia de 4 a 21 dias, podendo chegar a até 42 dias em casos raros. A vacinação é a principal medida preventiva contra a coqueluche. No Brasil, a vacina pentavalente, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra a doença.

Em São Paulo, a cobertura vacinal até setembro foi de 86,1%, enquanto na capital atingiu 93,85%. Apesar disso, especialistas alertam para a necessidade de intensificar as campanhas de imunização e conscientizar a população sobre a importância da vacina, especialmente em tempos de surtos como o atual.

Urgência em Reforçar Estratégias de Saúde Pública

O aumento expressivo de casos reflete a urgência de reforçar estratégias de saúde pública, como ampliação da cobertura vacinal e ações educativas sobre a doença. Além disso, é fundamental manter a vigilância epidemiológica ativa para prevenir novas infecções e proteger as populações mais vulneráveis. Ações como a realização de campanhas de conscientização, tanto em comunidades urbanas quanto rurais, são essenciais para atingir uma cobertura vacinal mais ampla e eficaz.

A criação de parcerias entre o governo, organizações não governamentais e a comunidade médica pode fortalecer os esforços para informar e motivar a população a se vacinar. Além disso, implementar medidas adicionais como vacinação itinerante, especialmente em áreas de difícil acesso, pode ajudar a aumentar a imunização. A manutenção de registros detalhados e a análise constante dos dados epidemiológicos são vitais para identificar focos de surto e agir rapidamente para contê-los.

O investimento contínuo em educação e infraestrutura de saúde é crucial para garantir que todos tenham acesso à vacinação e aos cuidados necessários, protegendo, assim, a saúde pública e prevenindo futuras epidemias.

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