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Especialistas Apontam Que Objeto Foi Introduzido em Preta Gil Antes da Sua M0rte: ‘Pedaço De…Ver mais
O que é o tratamento paliativo?
O tratamento paliativo é indicado quando o câncer atinge um estágio avançado e deixa de ter foco curativo. No caso de Preta Gil, a metástase atingiu órgãos como o peritônio, linfonodos e o ureter, tornando o quadro clínico delicado. Nessa fase, os cuidados médicos se concentram em controlar os sintomas, reduzir o sofrimento físico e emocional e oferecer suporte integral ao paciente e à família.
Entre os procedimentos realizados estão a administração de medicações por via intravenosa, uso de sondas para alimentação e hidratação, além de injeções para controle da dor e de efeitos colaterais.
Esses recursos são fundamentais para garantir que o paciente mantenha o máximo de conforto possível, mesmo diante de limitações funcionais e da progressão da doença.
A importância da dignidade no fim da vida
Preta Gil compartilhou abertamente sua jornada, incluindo momentos de vulnerabilidade, como o uso da bolsa de colostomia definitiva e a amputação do reto. Sua postura inspirou milhares de pessoas e trouxe à tona debates importantes sobre o direito à dignidade no fim da vida, o acesso a tratamentos avançados e a humanização da medicina.
O tratamento paliativo não significa desistência, mas sim uma mudança de foco: da cura para o cuidado. É uma abordagem que valoriza o ser humano em sua totalidade, respeitando suas escolhas, crenças e necessidades emocionais.
O impacto da doença na saúde pública
A morte de Preta Gil também acendeu um alerta sobre o crescimento do câncer colorretal entre adultos jovens no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse tipo de tumor já é um dos mais comuns no país, com cerca de 45 mil novos casos por ano.
A tendência de diagnóstico tardio, especialmente em pessoas com menos de 50 anos, torna o tratamento mais complexo e reduz as chances de cura.
Especialistas apontam fatores como alimentação ultraprocessada, sedentarismo, obesidade e desequilíbrio da microbiota intestinal como possíveis causas do aumento da incidência. A prevenção, por meio de exames como a colonoscopia, é essencial para detectar precocemente a doença e evitar que ela evolua para estágios avançados.
A busca por alternativas terapêuticas
Após esgotar as possibilidades de tratamento no Brasil, Preta Gil buscou alternativas nos Estados Unidos, onde participou de estudos clínicos com medicamentos experimentais e terapias-alvo. Essas abordagens, baseadas na medicina de precisão, têm como objetivo atacar mutações específicas do tumor, oferecendo esperança a pacientes com câncer refratário.
No entanto, o acesso a essas terapias ainda é limitado no Brasil, devido à demora na aprovação de novos medicamentos pela Anvisa e à dificuldade de inclusão nos planos de saúde e no SUS.
A trajetória de Preta evidencia a necessidade de ampliar o acesso à inovação na oncologia e de fortalecer políticas públicas voltadas à pesquisa e ao tratamento do câncer.
Legado e conscientização
Mais do que uma artista talentosa, Preta Gil se tornou símbolo de força, empatia e consciência social.
Sua luta contra o câncer colorretal com metástase trouxe visibilidade a uma doença silenciosa e reforçou a importância do diagnóstico precoce, do cuidado humanizado e da dignidade no fim da vida.
Que sua história inspire mudanças na forma como a sociedade encara o câncer e que seu legado continue promovendo informação, acolhimento e esperança para milhares de brasileiros.
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