Feito com carinho
Padre evita falar nome de bebê durante batismo e motivo espanta: “Era a an…Ver mais
A origem do conflito: o nome Yaminah
Segundo relatos da família, o padre alegou que o nome Yaminah estaria ligado a um culto religioso e, por isso, não seria apropriado para ser mencionado durante o sacramento. Antes da cerimônia, o sacerdote teria sugerido que o nome “Maria” fosse adicionado ao nome da criança, proposta que foi recusada pelos pais.
A mãe, Marcelle, que segue uma religião de matriz africana, afirmou que o nome foi escolhido por seu significado — justiça, prosperidade e direção — e não por qualquer associação religiosa específica.
Repercussão e denúncia por discriminação
O episódio gerou forte reação entre os presentes e nas redes sociais. A família registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, alegando discriminação por religião, cor ou raça.
O caso reacendeu o debate sobre liberdade religiosa e respeito à identidade individual dentro de instituições religiosas.
O que diz a Igreja Católica
Em nota oficial, a Arquidiocese do Rio de Janeiro afirmou que o batismo foi realizado de forma válida, conforme o Ritual Romano do Batismo de Crianças. Segundo o documento, o nome da criança não é mencionado em todos os momentos da celebração, apenas em trechos específicos da liturgia.
A Arquidiocese também repudiou qualquer forma de discriminação e reforçou seu compromisso com o acolhimento e o diálogo.
Nome cristão ainda é exigência?
Embora o Código de Direito Canônico recomende que nomes alheios ao “senso cristão” sejam evitados, essa prática não é obrigatória no Brasil desde a década de 1980.
Especialistas em Ciências da Religião afirmam que qualquer pessoa pode ser batizada com qualquer nome, independentemente de sua origem ou significado.
A conduta do padre, portanto, levanta questionamentos sobre interpretações pessoais que podem ferir direitos fundamentais, como a liberdade religiosa e o respeito à diversidade cultural.
Reflexão sobre fé e inclusão
O caso de Yaminah expõe uma tensão entre tradição e inclusão. Em um país marcado pela pluralidade religiosa e cultural, é essencial que instituições religiosas estejam abertas ao diálogo e ao respeito mútuo.
O batismo, como símbolo de acolhimento na fé cristã, não deveria ser palco de exclusão, mas sim de união.
Leia também: Web se revolta após mulher agredida com 60 socos mostrar novo rosto: ‘Jesus…Ver mais
Comentários estão fechados.