Feito com carinho
Caso Millena: Pais da atriz decidem falar a verdade sobre a m0rte da filha, ela n… Ver mais
Apesar de todos os esforços médicos e do suporte intensivo, Millena sofreu sete paradas cardiorrespiratórias em um único dia — um verdadeiro pesadelo para qualquer paciente, ainda mais para uma criança.
Essas intercorrências impossibilitaram sua transferência para o Hospital das Clínicas, referência no tratamento oncológico infantil. No dia 2 de maio, às 16h55, o hospital confirmou a morte encefálica da jovem atriz.
O desabafo comovente dos pais
Horas após a confirmação da morte, os pais de Millena decidiram se pronunciar. Em meio ao luto, eles revelaram uma faceta pouco vista do sofrimento: a solidão emocional que assola famílias enlutadas após a perda de um filho.
“É uma dor que não cabe no peito. O silêncio da casa grita. A gente se pergunta a todo instante: por quê?”, disse a mãe, visivelmente abalada. O pai, tentando manter a firmeza, desabafou sobre os momentos finais da filha: “Ela era forte. Mesmo nos piores dias, nos dava forças. Nós que deveríamos sustentá-la, mas era ela que nos ensinava a ter esperança”.
Além do luto, os pais destacaram as dificuldades práticas que surgem após a perda, como questões legais, burocráticas e o amparo emocional muitas vezes inexistente.
“A gente precisa falar sobre o que acontece depois. A dor continua, mas o mundo gira, e parece que todos esperam que você siga normalmente”, completou a mãe.
O que é a morte encefálica e por que ela é tão dolorosa?
A morte encefálica é caracterizada pela parada completa e irreversível das funções cerebrais. No caso de Millena, após exames rigorosos e cumprimento do protocolo médico, foi constatado que não havia mais atividade cerebral.
Apesar disso, o corpo pode permanecer “vivo” por alguns instantes graças ao suporte de aparelhos, o que cria uma ilusão angustiante para os familiares — como se houvesse ainda alguma chance de reversão.
Essa situação torna o luto ainda mais difícil, pois os pais precisam lidar com o paradoxo de uma filha aparentemente viva, mas sem qualquer chance de recuperação.
Uma estrela que se apagou cedo demais
Millena Brandão já era conhecida por seus papéis em comerciais, participações especiais em programas infantis e sua atuação em peças teatrais voltadas para o público jovem.
Com uma carreira promissora, a menina demonstrava maturidade artística incomum para a idade. Professores e colegas relatam que ela era disciplinada, curiosa e apaixonada pela arte de atuar.
“Ela tinha um brilho próprio.
Era daquelas crianças que você olha e sabe que vai longe”, comentou uma diretora que trabalhou com Millena em 2024.
O legado de Millena: por que falar sobre isso importa
A morte de Millena escancara a necessidade de se falar mais sobre o acesso à saúde infantil no Brasil, especialmente no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento precoce de doenças graves como o câncer cerebral.
Muitas famílias, como a de Millena, enfrentam barreiras estruturais que dificultam a busca por atendimento adequado em tempo hábil.
Além disso, o caso ressalta a importância do apoio psicológico para pais e familiares em situações de perda infantil — um tema ainda negligenciado em políticas públicas.
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