Peixe do Juízo Final é Encontrad0 M0rt0 na Praia, e Vidente Afirma Que Muitas M0rtes Ser…Veja o vídeo

O que é o peixe-remo?

Conhecido como Regalecus glesne, o peixe-remo é um habitante misterioso da zona mesopelágica, uma região do oceano localizada cerca de mil metros abaixo da superfície. Por viver em águas profundas e de difícil acesso, essa espécie é pouco estudada.

Podendo alcançar até 11 metros de comprimento e pesar 200 kg, ele possui uma característica peculiar: flutua na vertical. Essa postura ajuda a se camuflar, refletindo a luz ao seu redor para se proteger de predadores. No entanto, sua anatomia esguia e musculatura fraca tornam difícil a sobrevivência em correntes mais fortes. Quando chegam à superfície, geralmente estão despressurizados e não resistem por muito tempo.

Contudo, essas aparições raras são vistas como oportunidades valiosas para a ciência. “Este peixe-remo apresenta uma rara oportunidade de obter amostras frescas para análise genômica, permitindo-nos estudar as adaptações evolutivas que levam essa espécie a prosperar em ambientes de águas profundas”, explica Dahiana Arcila, bióloga marinha do Instituto de Oceanografia da Universidade da Califórnia.

A relação com desastres naturais

Sobretudo, a fama do peixe-remo como presságio de tragédias naturais ganhou força em 2011, após o terremoto e tsunami que devastaram a região de Tohoku, no Japão. Na época, várias aparições da espécie haviam sido registradas antes do desastre, o que levou à crença de que movimentos tectônicos matavam os peixes e os traziam à superfície.

Porém, um estudo de 2019 desmentiu essa relação. Pesquisadores analisaram a ocorrência de desastres e as aparições do regaleco e concluíram que não havia correlação significativa entre os eventos.

As causas das recentes aparições na Califórnia permanecem incertas. Fatores como mudanças na temperatura da água e nas correntes marinhas podem influenciar, segundo Ben Frable, também do Instituto de Oceanografia.

Apesar da má fama, o peixe-remo continua a fascinar tanto pela sua biologia única quanto pelos mistérios que cercam suas visitas à superfície. Com cada novo encontro, a ciência ganha uma oportunidade de compreender melhor esse intrigante habitante das profundezas oceânicas.

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