Polícia encontra 6 corpos em carro abandonado, todos estavam sem a r…Ver mais

Contexto de violência crescente na Zona Oeste

Nos últimos dias, Curicica e bairros vizinhos como Cidade de Deus e Gardênia Azul têm sido palco de uma verdadeira guerra territorial.

Facções disputam o controle de áreas estratégicas para o tráfico de drogas, resultando em tiroteios, bloqueios de vias e represálias contra operações policiais. No domingo anterior ao achado dos corpos, um tiroteio na comunidade Dois Irmãos foi tão intenso que os disparos foram ouvidos até o condomínio Rio 2, a cerca de quatro quilômetros de distância.

Na segunda-feira, uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar e o Ministério Público do Rio de Janeiro prendeu 17 pessoas ligadas ao Comando Vermelho. A ação provocou reações violentas, com disparos e interrupções no trânsito, agravando ainda mais o clima de tensão na região.

Investigação e medidas de segurança

Segundo o 18º BPM (Jacarepaguá), a Polícia Militar foi acionada para verificar uma ocorrência de encontro de cadáver. Ao chegar ao local, os agentes encontraram o veículo com os seis corpos em seu interior.

A área foi imediatamente isolada para o trabalho da perícia, que realizou a coleta de evidências, registros fotográficos e encaminhamento do carro para análise técnica.

Até o momento, as vítimas não foram identificadas. A Polícia Civil informou que está realizando diligências para esclarecer as circunstâncias do crime, incluindo exames de necropsia, coleta de impressões digitais e análise de imagens de câmeras de segurança da região.

Reforço no patrulhamento e temor da população

Diante da gravidade do caso e da sequência de episódios violentos, o patrulhamento foi reforçado em Curicica, Cidade de Deus e Gardênia Azul. Moradores relatam medo constante e insegurança para realizar atividades cotidianas.

A presença ostensiva da polícia tem sido necessária para tentar conter os avanços das facções e garantir a circulação em áreas sensíveis.

O achado dos corpos em um carro abandonado não é apenas um episódio isolado, mas um reflexo da crise de segurança pública que afeta a Zona Oeste do Rio. A disputa entre grupos criminosos, somada à resposta policial, tem transformado bairros inteiros em zonas de conflito, onde a população vive sob constante ameaça.

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