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Quando a dengue pode matar? Entenda como identificar casos graves da doença

Especialistas afirmam que os óbitos podem ser evitados e reforçam a importante de conhecer os sinais de alarme da dengue.

“A maior parte dos casos têm uma boa evolução clínica, mas algumas pessoas acabam desenvolvendo casos mais graves que, se não tratados adequadamente, podem levar ao óbito”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a não evolução da doença para o falecimento “depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde”.

Mas se grande parte das mortes por dengue pode ser evitada, quando o quadro da infecção evolui para o óbito?

Assim como em outras doenças, incluindo a gripe e a Covid-19, existem grupos que são mais suscetíveis a desenvolver formas graves de dengue. Esses indivíduos têm uma maior probabilidade de terem seus sintomas agravados e, possivelmente, de morrerem em decorrência da doença.

Segundo os infectologistas, os grupos de maior risco incluem:

  • Indivíduos em idades extremas, ou seja, idosos e bebês
  • Mulheres grávidas
  • Pessoas com doenças crônicas já existentes, como diabetes e hipertensão

Celso Granato, médico infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, esclarece que a dengue é uma doença que causa muita inflamação no organismo. “Indivíduos que já têm outras doenças, especialmente as inflamatórias, tendem a apresentar formas mais graves de dengue”, ele observa.

Os especialistas também enfatizam que a reinfecção geralmente aumenta o risco de desenvolvimento de formas graves da doença.

“Em um caso de dengue primária, a taxa geral de mortalidade é de 0,3 por mil pessoas. Em casos de dengue secundária, essa taxa sobe para 3 por mil”, compara o infectologista.

Portanto, a dengue possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos capazes de causar diferentes formas da doença. Portanto, um sorotipo específico de doença só pode infectar uma pessoa uma vez na vida, pois a infecção torna a pessoa imune a esse sorotipo.

No entanto, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da vida devido à existência de diferentes sorotipos.

Cidade de São Paulo chega a 20 mil casos de dengue - 24/02/2024 - Equilíbrio e Saúde - Folha

Sinais de alarme

Os chamados sinais de alarme são fundamentais para identificar os casos graves da doença e, assim, evitar mortes por dengue.

Os sinais de alarme aprecerem depois do período febril e são principalmente:

  • Dor abdominal intensa
  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
  • Sangramento de mucosa
  • Hemorragias

Todavia, o Ministério da Saúde aconselha que pacientes que exibem sinais de alerta ou apresentam quadros graves da doença busquem atendimento médico para monitoramento clínico.

Os especialistas enfatizam a importância de as pessoas serem capazes de identificar os sintomas, bem como a necessidade de os profissionais de saúde estarem preparados para o tratamento adequado. Celso Granato destaca que o conhecimento dos sinais é crucial para que o paciente aumente a ingestão de líquidos e evite complicações mais sérias.

“A hidratação é fundamental para salvar vidas em casos mais graves de dengue. Quanto mais cedo a pessoa se hidratar, mais rápida será a recuperação e menor será a probabilidade de morte por dengue”, ele ressalta.

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