Feito com carinho
‘Tchau, estou morrendo’, mulher soterrada com o marido em Recife se despediu dele antes de falecer – Vídeo comove
‘Tchau, estou morrendo’, mulher soterrada com o marido em Recife se despediu dele antes de falecer – Vídeo comove
Nos últimos dias o país se deparou com um triste caso que vem ocorrendo em Pernambuco por conta das chuvas que vem tendo principalmente na capital Recife, causando muitos desmoronamentos e casas desabando, e até o momento já foram confirmadas mais de 106 mortes em Pernambuco. Há quase duas semanas, exército, voluntários e o Corpo de Bombeiros estão trabalhando para conseguir localizar e resgatar as vítimas.
Entre todas as vítimas confirmadas, a maioria das 106 perdas, estava a esposa de Gláucio José da Silva, serralheiro de Recife. Aos 48 anos, acabou morrendo Luci Maria da Silva, vítima do deslizamento em Jaboatão dos Guararapes, na última quarta-feira (28/05).
Gláucio contou que chegou a abraçar sua esposa tentando proteger ela, mas não conseguiu o suficiente e acabou perdendo.
“Ela morreu nos meus braços, soterrada comigo. A gente estava agarrado, estava dormindo de conchinha. E ela morreu nos meus braços. Morreu falando, e ainda me deu tchau. Disse eu estou morrendo, Gláucio, tchau, estou morrendo”; afirmou o homem desolado.
“Ela foi no banheiro e a gente tinha acabado de deitar, aí escutou o estrondo e não deu tempo de fazer mais nada. Eu me abracei, protegi ela e pronto. Não deu mais nada”, declarou o serralheiro.
“Bem material não importa, o que importa é minha esposa, que eu não vou ter ela mais. A vizinhança, a população me salvou. Não tinha bombeiro, nada. Já estava escuro, chovia muito. A barreira continuava caindo, mas graças aos meus vizinhos, estou aqui. Se não fosse a vizinhança, eu não estava aqui, não. Perdi tudo, minha casa, minha oficina, minhas máquinas, e meus carros estão ali soterrados. E meu bem maior eu queria que estivesse aqui comigo, minha esposa”, declarou.
‘Tchau, estou morrendo’, mulher soterrada com o marido em Recife se despediu dele antes de falecer – Vídeo comove
“Faz 30 anos que eu moro aqui, não existia esses prédios. Era só a barreira, natural, e nunca caiu nada. Pelo contrário, a gente tinha lucro com essa barreira, porque descia areia, a gente vendia a areia e ganhava dinheiro. Depois que eles fizeram isso, aconteceu essa tragédia. Fora os outros problemas. Eu já tinha dado parte porque os moradores jogavam pedra, coco, garrafa”, declarou.
Veja o vídeo abaixo:
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.