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“Tem cliente que vai embora ao ver que só tenho uma mão”, “Vai conseguir fazer isso com esse toquinho”, diz cabeleireira deficiente

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Tem cliente que vai embora ao ver que só tenho uma mão”, “Vai conseguir fazer isso com esse toquinho”, diz cabeleireira. Simone Amaro, de 44 anos, relata o bullying e indiferença das pessoas em meio a um deficiente que trabalha. Hoje, ela trabalha como cabeleireira e barbeira. Simone ainda afirma que durante sua vida inteira foi ensinada a conseguir tudo da forma como ela era. A mãe, principalmente, lhe incentivou a fazer qualquer coisa do seu jeito e tentou mostrar para Simone, que ela não seria diferente das outras pessoas. 

Entretanto, Simone é portadora de uma ausência congênita do membro superior direito: não tem mãos ou dedos. “Como já nasci assim, as adaptações vieram naturalmente, mas isso não impediu que eu sofresse na infância e adolescência, algo já superado graças a Deus”, disse. 

Contudo, Simone conta que seu maior sonho era ser cabeleireira e sobretudo, ajudar na auto estima das pessoas. Desde da infância, aprendeu com seus familiares o desejo pela profissão e a gratificação que é ver pessoas saindo feliz ao dar uma repaginada no visual.

“Até hoje quando eu faço um cabelo, eu não penso no valor que eu vou ganhar, eu penso no prazer que vou dar àquela pessoa ao ajudá-la a reconquistar a autoestima”, contou.

Entretanto, Simone conta que para conseguir movimentar o braço no qual não tem a mão, ela usa o secador, o pente ou qualquer objeto amarrado e consegue fazer tudo sem sentir dificuldade, ainda afirma que tudo que for fazer, se adapta. “Se me propus a fazer algo, eu vou lá e faço. É tão natural me adaptar a determinadas funções que eu não percebo as dificuldades, é normal para mim”, afirmou.

“Tem cliente que vai embora ao ver que só tenho uma mão”, DIFICULDADE E BULLYING DOS CLIENTES. 

Simone conta que já ouviu várias palavras de preconceito dentro do próprio salão e muitos não quiseram ser atendidos por ela, quando vêem a deficiência física vão embora.

“Uma vez um cliente entrou no salão e quando notou que eu iria cortar o cabelo dele, disse: ‘Mas é você que vai cortar? Essa eu quero ver’. Ele gostou e se tornou meu cliente fixo. Um preconceito, mas foi conquistado, provado para ele que eu conseguiria cortar. Mas já teve gente que foi embora”, contou. 

Em seguida contou outro episódio: “Uma senhora queria fazer mechas no cabelo e quando soube que seria comigo, ela meio que se negou, querendo dizer ‘Ah você vai conseguir fazer isso com esse toquinho de braço’. Eu engoli seco e respondi que conseguiria, sim, e ela disse ‘Então vamos testar’. Fiz as mechas, ela saiu satisfeita, mas a todo momento duvidou do meu potencial”, exclamou.

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