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Mundo de luto: terremoto de magnitude 6,0 deixa mais de 800 pessoas sem vida e milhares de…Ver mais
Infraestrutura precária e vilarejos arrasados
As áreas mais afetadas, como Nangarhar, Nuristan, Laghman e Kunar, são compostas por vilarejos montanhosos onde as construções de barro e pedra não resistiram ao abalo. Casas desmoronaram, famílias foram soterradas e comunidades inteiras desapareceram em questão de minutos.
A falta de estradas pavimentadas e a topografia acidentada dificultam o acesso das equipes de resgate, que enfrentam ainda o risco de deslizamentos de terra provocados pelas chuvas recentes.
O desafio do socorro e a resposta internacional
Com mais de 2.800 feridos e hospitais locais sobrecarregados, soldados e moradores se uniram para transportar vítimas até centros médicos em cidades maiores.
O Talibã, que governa o país desde 2021, pediu ajuda internacional diante da magnitude da tragédia. A ONU, União Europeia, Japão, Índia e Paquistão manifestaram solidariedade e prometeram apoio emergencial.
No entanto, desde o retorno do Talibã ao poder, o Afeganistão tem enfrentado uma queda significativa na assistência internacional, o que agrava ainda mais a resposta a desastres como este.
Um país sobre falhas geológicas e crises múltiplas
O Afeganistão está localizado em uma zona de intensa atividade sísmica. Nos últimos três anos, o país foi palco de diversos terremotos mortais, como o de Herat em 2023, que matou mais de 1.500 pessoas.
A recorrência desses eventos naturais revela não apenas a vulnerabilidade geológica, mas também a fragilidade estrutural e política de um país que vive sob constante tensão.
Histórias de perda e resiliência
Relatos de sobreviventes são comoventes. Ahmad perdeu dois irmãos. Hekmatullah viu sua tia e sete sobrinhos morrerem. Em meio aos escombros, moradores cavaram com as próprias mãos para tentar salvar vizinhos e familiares. A dor é coletiva, mas também profundamente pessoal.
O terremoto de 31 de agosto não é apenas uma tragédia natural — é um alerta urgente sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura resiliente, apoio humanitário contínuo e cooperação internacional.
Enquanto o mundo observa, o povo afegão luta para reconstruir não apenas suas casas, mas também sua esperança.
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