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Trabalhador é encontrado m0rto dentro de silo de ração, ele foi completamente comi…Ver mais
O acidente fatal no silo de ração
O episódio ocorreu por volta das 22h15 nas instalações da empresa Rações Pamplona. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, o trabalhador realizava o revolvimento da ração para o alimentador localizado no fundo do silo — uma estrutura com cerca de 6 metros de largura, 6 metros de comprimento e 4,5 metros de profundidade. Durante a operação, ele caiu dentro do silo e foi rapidamente soterrado pela massa de ração, cuja temperatura interna chegava a 40 °C.
Colegas de trabalho relataram que ouviram gritos de socorro, mas ao chegarem ao local, o homem já estava completamente submerso. As equipes de resgate iniciaram uma operação complexa, que envolveu a remoção de mais da metade do conteúdo do silo com o auxílio de cordas, polias e uma carregadeira da própria empresa.
Após cerca de 30 minutos de trabalho intenso, o corpo foi localizado a três metros de profundidade, já sem sinais vitais.
Repercussão e investigação
Após o resgate, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) foram acionados para os procedimentos legais. A identidade da vítima não foi divulgada até o momento.
A empresa e a comunidade local manifestaram profundo pesar pelo ocorrido, prestando solidariedade à família e aos colegas de trabalho.
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas o episódio levanta sérias questões sobre a eficácia dos protocolos de segurança em ambientes industriais, especialmente em estruturas como silos, que apresentam riscos elevados de soterramento e asfixia.
Segurança ocupacional em pauta
Esse tipo de acidente não é isolado. Silos de ração e grãos são conhecidos por representarem riscos significativos aos trabalhadores, especialmente quando não há supervisão adequada ou equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos. A temperatura elevada, a consistência fina do material e a profundidade da estrutura tornam o ambiente extremamente perigoso em caso de queda.
Especialistas em segurança do trabalho alertam para a necessidade de treinamentos regulares, sistemas de monitoramento e protocolos de emergência bem definidos. A presença de sensores de movimento, comunicação constante entre equipes e o uso de cintos de segurança com ancoragem são medidas que podem salvar vidas.
Um chamado à prevenção
A morte do trabalhador em Santa Catarina é um lembrete doloroso de que a segurança ocupacional deve ser prioridade absoluta em qualquer ambiente de trabalho. Empresas, sindicatos e órgãos reguladores precisam atuar de forma conjunta para garantir que tragédias como essa não se repitam.
Enquanto a investigação segue, a comunidade de Rio do Sul lamenta a perda de mais uma vida em circunstâncias que poderiam ter sido evitadas. Que este episódio sirva como ponto de partida para mudanças concretas na cultura de segurança do trabalho no Brasil.
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