Feito com carinho
A Jovem recebe carta de vizinho reclamando das roupas usadas por ela em condomínio: ‘Aqui não é z0na’, vejam;
A jovem Ana Paula Benatti, de 22 anos de idade, acabou recebendo uma carta de repúdio pela roupa que estaria usando em um condomínio que mora, o caso aconteceu em Maringá, no Paraná.
Segundo as informações, a jovem teria recebido a carta, e a princípio não deu tanta importância, más logo ao pensar sobre o assunto, acabou tendo noção da gravidade, já que a carta insinuava que ela seria uma “pr0stituta”.
“A princípio pensei que era algo de boas-vindas ou relacionado à mudança. Na hora que li aquelas palavras comecei a sentir repulsa, nojo, comecei a chorar muito porque não queria acreditar naquilo”, disse a jovem.
“Senhora 102, gostaríamos que tivesse o pudor e decência de usar roupas adequadas nas dependências do condomínio. Aqui mora gente de família, então por favor dá-se o respeito. Muda o jeito de se portar neste lugar ou vamos conversar com a dona do apartamento. Aqui não é zona não! Obrigado”.
Jovem recebe carta de vizinho reclamando das roupas usadas por ela em condomínio: ‘Aqui não é z0na’
Ana Paula trabalha como escriturária hospitalar, e publicou a carta nas redes sociais, onde logo teve grande repercussão, e a jovem teve o apoio de muitas pessoas na internet.
“Quando eu li a carta pensei ‘vou fingir que não aconteceu, vou jogar fora, vou seguir minha vida’, só que depois eu pensei ‘o que eu fiz de errado?!’. A pessoa cita que não sabe da onde eu vim mas que lá não é zona, então quis insinuar que eu era uma prostituta. Eu trabalho na UTI de um hospital. Mas mesmo que eu fosse o que ele sugere, não teria direito algum de falar isso”, disse.
E ela complementou: “A minha postagem foi um desabafo, para as pessoas verem que era recente que eu tinha me mudado e a recepção foi a falta de educação, de respeito, me julgando sem nem me conhecer”.
Os responsáveis do condomínio, vieram falar com a jovem, que segundo ela mesmo, prestaram todo o apoio para ela, e disseram enviar uma nota para todos os moradores do condomínio, para notificar a todos sobre o ocorrido.
“Me deram apoio, falaram que vão ajudar no que precisar. O síndico comentou que todos os moradores serão notificados. Na quinta, vou com o meu advogado olhar as imagens das câmeras para ver se conseguimos alguma pista do responsável. O delegado ficou com a carta como prova do crime de calúnia e difamação”, explicou ela.
MEDO
A jovem também revelou que acabou se sentindo vigiada com toda essa situação, já que não chegou a dar voltas pelo condomínio, e que quando chega do serviço, fica apenas de blusa e shorts em sua própria residência.
“Nas vezes que eu saí de casa foi para abrir o portão e voltar para dentro do apartamento. Fora isso, eu não tinha andado pelo pátio do condomínio ainda, não tinha conhecido o lugar. Eu acho que, para ter me visto, estava realmente cuidando da minha vida, me seguindo, porque como sabia o horário certo de colocar a carta para eu não estar em casa? Como sabia qual apartamento eu morava? Me senti perseguida, vigiada e invadida.”
“Como eu trabalho no hospital, vivo com roupas de lá, mas em casa normalmente estou de shorts e blusa. Estamos em 2021 e ainda tem gente que julga por conta do que vestimos. Isso só reforça esse pensamento de ‘foi abusada porque estava com roupa curta’, ou ‘estava provocando’, e não é assim. Me assusta pensar que uma roupa pode ser a justificativa para um crime ou uma situação como essa que passei”, concluiu ela.
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