Adolescente fica PARAPLÉGICA após Luta Contra a DENGUE; “O vírus da dengue ating… Ver mais

Apesar da medicação, a condição da jovem não melhorou.

“Ela foi intubada e induzida ao coma para que os médicos pudessem controlar as crises convulsivas, mas não houve melhora”, compartilha Elisângela. Polyana ficou internada por 11 meses, dos quais passou sete em coma, segundo sua mãe. Os médicos chegaram a considerá-la sem chances de recuperação.

“Após três meses de internação, eles afirmaram que minha filha não sairia do coma e começaram os procedimentos para constatar a morte cerebral”, conta a enfermeira.

“Porém, naquele dia, ela teve novas convulsões e retomou a atividade cerebral.”

Portanto, segundo a família, o vírus da dengue provocou em Polyana uma condição chamada meningoencefalite, que é uma inflamação do cérebro e das meninges, a camada que reveste o sistema nervoso central. Essa condição pode ser causada por vírus, fungos, bactérias ou parasitas.

Em outras palavras, o vírus da dengue afetou o sistema cerebral de Polyana, resultando em danos permanentes.

Hoje, aos 19 anos, a estudante perdeu a visão, a mobilidade corporal, depende de aparelhos para respirar e de uma sonda para se alimentar.

Mesmo com as limitações, Polyana mantém a consciência e continua seus estudos — atualmente, ela está no segundo semestre do curso de nutrição.

“A forma de comunicação dela é através de nossa assistência. Ela possui audição perfeita, então nós vamos pronunciando as letras e ela pisca os olhos para confirmar, dessa maneira, conseguimos formar as palavras e frases que ela deseja expressar”, relata sua mãe.

Complicações neurológicas decorrentes da dengue Nas primeiras três semanas deste ano, o Brasil registrou 217.481 casos suspeitos de dengue.

No mesmo período em 2023, foram contabilizados 65.366 casos suspeitos da doença.

Esses dados são provenientes do Ministério da Saúde e foram publicados em 30 de janeiro.

O relatório confirma que, com o surto significativo da doença, 15 mortes já foram confirmadas e outras 149 estão atualmente sob investigação.

Além de sintomas como dor de cabeça, mal-estar corporal, febre e manchas vermelhas, a dengue pode apresentar outros sinais, tais como:

Portanto, sintomas como sonolência, confusão mental, desorientação, irritabilidade, perda de força nos membros inferiores e paralisia nos membros e no rosto caracterizam a dengue neurológica. Especialistas e pesquisadores reconhecem essa variação da doença como rara. Contudo, ela se manifesta quando o vírus da dengue ataca o sistema nervoso — cérebro ou medula.

Em suma, quando há danos neurológicos, eles podem ser sérios e, frequentemente, irreversíveis.

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