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Advogada Presa em Goiânia: Suspeita de Matar Ex-Sogro e Mãe Dele por Envenenamento…

A investigação do caso começou após a mulher ter um café da manhã com mãe e filho, que morreram logo depois.

Na quarta-feira (20), a Polícia Civil efetuou a prisão da Advogada Amanda Partata, suspeita de envenenar e assassinar Leonardo Pereira Alves, seu ex-sogro, e Luzia Alves, mãe dele, em Goiânia.

A princípio, a investigação considerou a hipótese de que mãe e filho poderiam ter sofrido complicações decorrentes de uma intoxicação alimentar provocada por um bolo de uma confeitaria local. No entanto, essa possibilidade foi completamente descartada posteriormente.

“Este é um caso bastante intrincado que envolve um nível de psicopatia”, afirmou o delegado Carlos Alfama. “Pretendemos interrogar a Advogada Amanda novamente, pois há detalhes importantes a serem considerados, inclusive a possibilidade de outros crimes associados à suspeita. O que podemos antecipar neste momento é que estamos, de fato, diante de um duplo homicídio por envenenamento”, completou.

Amanda atua como advogada

Ela se identifica como psicóloga em suas redes sociais, no entanto, de acordo com o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), não há registro profissional ativo dela no banco de dados do Conselho.

Na porta da delegacia, ao ser questionada por jornalista sobre o crime ela disse por mais de uma vez “Eu não fiz isso”. Ela também chegou a afirmar que está grávida.

Entenda o caso

A investigação do caso teve início na segunda-feira (18), logo após o falecimento de Leonardo. Segundo um boletim de ocorrência, a esposa dele relatou que a ex-nora havia comprado um doce para um café da manhã em família.

No domingo (17) pela manhã, Leonardo, Luzia e a esposa dele consumiram o doce.

Aproximadamente três horas após a ingestão, Leonardo e Luzia começaram a experimentar dores abdominais, vômitos e diarreia.

Ambos foram levados ao Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, para atendimento médico. Infelizmente, mãe e filho não resistiram e vieram a óbito ainda no domingo.

A Unidade de Terapia Intensiva admitiu Luzia, mas seu estado de saúde já estava bastante comprometido, conforme o boletim.

Quanto à ex-nora, o relato indica que ela consumiu uma quantidade menor da sobremesa. Ela estava a caminho de Itumbiara quando começou a apresentar os sintomas e decidiu retornar à capital.

Inicialmente, a família suspeitava que o doce estava contaminado e havia causado as mortes, o que levou a exigir uma investigação.

Em resposta, a polícia e outras agências reguladoras, como o Procon Goiás, realizaram inspeções nas instalações da empresa para examinar os produtos, procurando por irregularidades e evidências de contaminação.

Posteriormente, na segunda-feira (18), o Procon Goiás emitiu um comunicado declarando: “Os agentes examinaram as informações nas embalagens, as datas de fabricação e validade, a acomodação e refrigeração dos doces e, durante essa inspeção, não encontraram nenhuma irregularidade nos produtos inspecionados.

A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios recebeu as informações e documentação e está prosseguindo com as investigações.

A dor da família

O incidente chamou a atenção em todo o estado de Goiás quando a filha de Leonardo, Maria Paula Alves, recorreu às redes sociais para expressar o luto pela perda do pai.

Ela, que é médica, descreveu Leonardo como uma pessoa saudável e extraordinária. A notícia de sua morte, portanto, foi um choque para todos.

“Papai era uma pessoa de 58 anos que não tinha 1 fio de cabelo branco na cuca e que acordou o dia 17 de dezembro completamente bem. Os porquês, a surpresa, a angústia, o desentendimento e a dúvida não terão espaço nesse texto. O texto é sobre o senhor ter sido – e ainda ser – o maior exemplo de homem/pai que eu encontrei”, disse a jovem.

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